Foram os estagiários
Estudantes imprimem peças de reposição da CCR Metrô e geram economia que passa dos R$ 190 mil
Uma peça que custa R$ 40 mil quebra na sua empresa. Não tem estoque, é preciso pedir por encomenda, só chega em 40 dias. Reunião convocada, o chefe quer resolver o problema. Até que aquele estagiário com cabelo bagunçado, camisa xadrez e calça surrada levanta o dedo e sugere: vamos imprimir a peça. Você levaria a sério? A história acima é baseada em fatos reais e, apesar do toque dramático, ocorreu na CCR Metrô, aqui em Salvador. Graças a um projeto idealizado por estagiários, a empresa que cuida do sistema de transporte da capital abraçou a ideia e ganhou com tempo, custo e melhoria de suas peças de reposição. E tudo graças a uma impressora 3D. E os estagiários, claro.
Desde 2021, um projeto mudou a rotina do departamento de engenharia, reverberando para todo o sistema de metrô de Salvador. Naquele ano, uma peça específica em uma das estações estava apresentando muitos problemas e o custo era elevado para a troca. Na verdade, se tratava de uma placa dentro de um equipamento, mas a fabricante não vendia apenas a parte específica. É como uma câmera do celular que quebra, mas é preciso trocar todo o aparelho.
Foi então que o estagiário Gabriel Nobre sugeriu a compra de uma impressora 3D para confeccionar apenas aquela pecinha. Se fosse comprar o equipamento, a CCR Salvador gastaria cerca de R$ 40 mil. A impressora custou R$ 13 mil, a peça foi impressa e tudo mudou. Hoje, os estagiários imprimem de tudo, que vão de broche para funcionários a componentes das escadas rolantes das estações. Claro, tudo primeiro é avaliado pela equipe de engenheiros, que faz um levantamento da possibilidade e segurança, o tipo de plástico e a viabilidade da impressão.
“O laboratório onde a impressora está é supervisionado por mim, mas operado pelos estagiários. Todos os segmentos da empresa possuem demanda para a impressora. São muitos ganhos. Pense que trabalhamos sob demanda, sem estoque. A maioria das peças