Correio da Bahia

Indígenas pedem ajuda da polícia para evitar conflito

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EXTREMO-SUL A Força Integrada de Combate a Crimes Comuns Envolvendo Povos e Comunidade­s Tradiciona­is da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) atuou, na madrugada de ontem, para evitar um conflito entre indígenas no extremo-sul da Bahia.

Equipes do Batalhão de Choque da PM, da Cipe Mata

Atlântica e da Polícia Federal foram até o distrito de Corumbau, na cidade de Prado, após solicitaçã­o do Conselho de Caciques.

As forças de segurança estadual e federal permanecem na localidade para evitar agressões e garantir a ordem. O motivo do atrito entre os grupos não foi revelado.

Sobre os ataques constantes de pistoleiro­s, que resultam, inclusive, em mortes de indígenas, a SSP criou, em janeiro deste ano, a Força Integrada (FI) de Combate a Crimes Comuns que envolve Povos e Comunidade­s Tradiciona­is em terras indígenas e quilombola­s. Além da PM, as polícias Civil e Técnica, além do Corpo de Bombeiros, integram a força-tarefa.

Em setembro de 2022, o governo baiano já havia anunciado a criação de uma força com proposta semelhante. A força-tarefa anunciada em 2023 teve sua atuação prioritári­a na região do extremo-sul da Bahia, nos municípios de Eunápolis, Itabela, Itamaraju, Porto Seguro, Prado e Santa Cruz Cabrália.

A ministra dos Povos Indígenas

do Brasil, Sônia Guajajara, criou, também em janeiro, um gabinete de crise para acompanhar a situação de conflitos por terras na região do extremo-sul da Bahia, onde há a presença de pistoleiro­s. A medida ocorreu após as mortes de dois indígenas naquele mês, na BR-101, no trecho da cidade de Itabela.

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