Correio da Bahia

Premiê da Espanha convoca novas eleições

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POLÍTICA O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, dissolveu ontem o Parlamento e convocou novas eleições. A medida foi aprovada pelo conselho de ministros e tomada após o resultado das eleições regionais de domingo, que indicaram uma dura derrota para o seu Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Em alianças com a extrema direita espanhola, o Partido Popular (PP), principal adversário do PSOE, tirou dos socialista­s o controle de quase todas as regiões do país, incluindo a Comunidade de Madri, além do governo de sete das dez maiores cidades.

Em discurso, Sánchez reconheceu responsabi­lidade na derrota e disse ter decidido convocar novas eleições para que “o povo espanhol tome a palavra para decidir o rumo político do país”. Ele declarou: “Assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrátic­o à vontade popular”.

A nova eleição ocorrerá em 23 de julho e o premiê não afirmou se concorrerá. Pelo calendário, as eleições gerais ocorreriam no fim do ano. Sánchez comunicou a decisão ao rei da Espanha, Felipe VI.

A Espanha tem um regime de monarquia parlamenta­rista - o rei é o chefe de Estado, responsáve­l pelas Forças Armadas e por reconhecer o primeiro-ministro, mas não interfere no Executivo. Já o primeiro-ministro tem a função de chefe de governo e é escolhido pelo Parlamento, eleito por voto popular. Sánchez comanda a Espanha desde 2019, depois de eleições também convocadas antes da hora.

A seis meses das eleições nacionais, o PSOE sofreu um revés nas municipais e regionais. O Partido Popular (PP, direita), liderado por Alberto Núñez Feijóo, se tornou o mais votado nas disputas locais, com 31,5% dos votos, contra 28,1% para o PSOE (esquerda), que perdeu o comando de regiões importante­s, como Valência.

Sánchez entrou na campanha em desvantage­m, lutando contra o desgaste natural do poder e a inflação elevada. Além disso, a imagem do governo sofreu com os confrontos entre os parceiros de coalizão: os socialista­s e a esquerda radical do Podemos, que também sofreu retrocesso nas urnas.

Assumo em primeira pessoa esses resultados e acredito ser importante submeter nosso mandato democrátic­o à vontade popular Pedro Sánchez Primeiro-ministro

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GOVERNO DA ESPANHA/DIVULGAÇÃO Pedro Sánchez antecipou eleições para que o povo decida se quer outro partido no poder

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