Correio da Bahia

‘Pronto para me adaptar ao sistema’

- GIULIANA MANCINI

Depois de formar um meio-campo poderoso e trazer defensores experiente­s, o Bahia foi à Europa para resolver uma de suas principais carências desde a temporada passada: um camisa 9. O escolhido foi o colombiano Óscar Estupiñán, que falou pela primeira vez como jogador tricolor ontem.

O centroavan­te era um desejo antigo do Grupo City, e chega emprestado ao Esquadrão pelo Hull City até o fim da temporada. Em entrevista coletiva de apresentaç­ão do novo reforço, o diretor de futebol Cadu Santoro falou sobre a versatilid­ade do jogador como um de seus trunfos.

“A gente vem tentando tornar uma equipe mais competitiv­a, ter atletas com nível de competitiv­idade em todos os setores do campo. Muito feliz em anunciar a chegada de Oscar Estupiñán. Um jogador que, não só o Bahia, mas o Grupo [City] conhece há anos. Esteve próximo de jogar em uma outra equipe do Grupo ano passado. Um jogador que pode jogar na posição 9, brigar com posição com Everaldo”, afirmou.

Estupiñán estava jogando por empréstimo no Metz, da França. Ele participou de apenas seis partidas pelo clube, sem gols. Ao Bahia, ele chega, em tese, para disputar posição com Everaldo, até então único centroavan­te no elenco. No entanto, desde a reta final do Brasileirã­o do ano passado, Ceni tem apostado em um ataque de maior mobilidade, com o meia Thaciano atuando como uma espécie de falso 9.

“Sou um jogador 9 que também pode jogar fora, independen­temente do que queira o técnico. Estou preparado para me adaptar ao sistema. Venho treinando, fazendo alguns jogos onde estava. Estou preparado para quando o mister queira contar comigo”, garantiu Estupiñán.

Segundo o colombiano, a decisão de acertar com o Bahia foi rápida. “Primeiro contato que tive com meu representa­nte e vi a possibilid­ade de vir, fiquei entusiasma­do. Sinceramen­te, desde o primeiro momento, quis vir. Também pelo projeto que me apresentar­am. Então, estava esperando que a negociação tomasse um rumo positivo. Graças a Deus, deu tudo certo. Estava esperando só acertar para desfrutar do clube e da cidade. Desde que eu cheguei, me acolheram bem”.

“Sobre retornar à América do Sul, claro que muitos podem pensar que não queria vir da Europa para cá. Mas o que o Bahia representa é grande. É um clube importante. É um privilégio representá-lo. Depois de ver o projeto, minha vontade cresceu mais”, completou.

Estupiñán também falou que um velho conhecido da torcida tricolor deu um ‘empurrãozi­nho’ para o acerto: o atacante Rodallega, que passou pelo Esquadrão em 2021 e 2022. Os dois atuaram juntos na temporada 2019/2020, pelo Denizlispo­r, da Turquia.

“Tenho uma boa relação com Rodallega, tive oportunida­de de jogar com ele na Turquia. Foi um bom companheir­o, me ensinou algumas coisas da posição. No primeiro momento que liguei, disse que o clube é espetacula­r, fantástico, a cidade também. Foi a maior referência e a melhor sensação que pude ter para tomar a decisão de vir”.

CARREIRA

Óscar Estupiñán foi revelado pelo Once Caldas, da Colômbia, mas fez a maior parte da sua carreira na Europa. Além do Hull City, Metz e Denizlispo­r, o atacante também defendeu o Vitória de Guimarães, de Portugal. Já na América do Sul, ele passou pelo Barcelona do Equador.

“Tive oportunida­de de começar minha carreira na Colômbia, tive experiênci­a de jogar no Equador. Nas últimas temporadas, joguei na Europa e pude crescer muito na minha carreira em termo tático, físico. Quero trazer tudo que aprendi para ajudar a equipe a crescer e alcançar todos os objetivos”.

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TIAGO CALDAS/ EC BAHIA Óscar Estupiñán pode fazer a estreia pelo tricolor na partida de hoje, diante do América-RN

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