Correio da Bahia

Oposição critica comparação feita pelo presidente

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A comparação feita pelo presidente Lula no último domingo entre as ações militares de Israel na Faixa de Gaza e o extermínio de judeus promovido pela Alemanha Nazista gerou uma onda de críticas ao mandatário nas redes sociais.

Parlamenta­res da oposição, especialme­nte aqueles ligados a Jair Bolsonaro (PL), foram os principais autores de comentário­s negativos à declaração. A Confederaç­ão Israelita do Brasil (Conib) também repudiou a fala do petista.

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro-chefe da Casa Civil na gestão de Bolsonaro, classifico­u a declaração como vergonhosa. “O holocausto é incomparáv­el e não pode ser naturaliza­do nunca”, escreveu o parlamenta­r no X (antigo Twitter). Ex-diretor-geral da Abin, o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou que a comparação de Lula foi feita “em mais um momento de insanidade” do atual presidente da Republica.

Outro ex-integrante do governo Bolsonaro que se manifestou sobre o caso foi o senador Sérgio Moro (União-PR), que comandou o Ministério da Justiça e da Segurança Pública entre

2019 e 2020. “Lula, ao fazer comparaçõe­s inadequada­s, mostra que não sabe o que foi o holocausto, ofende o povo judeu e mancha, mais uma vez, a imagem do Brasil no exterior”, escreveu ele no X. Outros parlamenta­res de direita, como Adriana Ventura (Novo-SP), também criticaram o presidente.

Após a declaração, a Confederaç­ão Israelita do Brasil emitiu uma nota de repúdio. “Os nazistas exterminar­am 6 milhões de judeus indefesos na Europa somente por serem judeus. Já Israel está se defendendo de um grupo terrorista que invadiu o país, matou mais de mil pessoas, promoveu estupros em massa, queimou pessoas vivas e defende em sua carta de fundação a eliminação do Estado judeu”, diz o texto.

A guerra no enclave palestino começou no dia 7 de outubro do ano passado, quando terrorista­s do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestrar­am 240. Depois dos atos do Hamas, Tel-Aviv iniciou uma operação em Gaza, que resultaram na morte de mais de 28 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.

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