As incontinências verbais do presidente da República corroboram para a não pacificação
de 60% da população do País acredita que o chefe do Palácio do Planalto exagerou em suas declarações, o que revela uma falta de sensibilidade para com as feridas históricas e uma desconexão com a opinião pública.
Não se trata apenas de declarações polêmicas, mas também de posicionamentos políticos que afastam partes significativas da população. A persistência em apoiar o regime ditatorial de Nicolás Maduro na Venezuela, bem como sua declaração anterior sobre a relatividade da democracia, mostra um distanciamento da vontade democrática de grande parte da população brasileira. Tais posicionamentos não contribuem para a construção de pontes, mas sim para aprofundar divisões ideológicas.
Enquanto isso, a economia brasileira segue cambaleando, apesar das tentativas do governo federal de retratá-la de forma otimista. A sensação de uma parte significativa dos brasileiros é de que a situação econômica piorou nos últimos 12 meses, conforme indicado pela pesquisa recente da Quaest.
A promessa de unir o País feita por Lula parece cada vez mais distante da realidade. As palavras e as ações exacerbam as fragmentações sociais e políticas e criam um ambiente de hostilidade e polarização.
Se o presidente da República permanecer nesse trajeto, é improvável que o Brasil alcance qualquer forma de unidade nacional. Estaremos fadados a permanecer em uma sociedade profundamente dividida e polarizada, incapaz de superar suas diferenças. É necessário que a principal liderança da nação busque verdadeiramente a reconciliação, em vez de alimentar conflitos.