Policial da Rondesp é morto durante assalto em casa
FEIRA DE SANTANA O policial militar Marcos Alan Magalhães Vicente, 46 anos, foi morto durante um assalto dentro do condomínio onde morava, no Conjunto Feira X, no bairro Muchila, em Feira de Santana, na noite de terça-feira (12).
Imagens de câmeras de segurança do condomínio Vila Olímpia mostram os dois suspeitos fugindo pelo muro dos fundos às 20h pouco depois de terem baleado o soldado. Marcos
Alan foi atingido no tórax e na cabeça. Ontem, um dos criminosos foi localizado e morto na cidade vizinha de Santo Estêvão, durante uma operação Conjunta das polícias Militar e Civil.
Investigações realizadas por equipes da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil apontaram que o homem estava escondido em Santo Estêvão. Durante as buscas, o criminoso disparou contra as equipes, acabou ferido, foi socorrido para o hospital do município, mas não resistiu.
Ele tinha passagem por tentativa de latrocínio contra outro policial. Com ele foram apreendidos um revólver calibre 38 e munições. Outro suspeito de participação no crime foi conduzido por equipes da Polícia Civil. As ações seguem intensificadas nos bairros de Jussara e Feira 10.
As filhas do policial militar, lotado na Rondesp, testemunharam o momento em que o pai foi atingido pelos assaltantes. De acordo com o delegado Yves Correia, coordenador da 1ª Coorpin em Feira de Santana, a vítima chegava em casa com uma das filhas quando foi abordado, já no condomínio.
O policial foi socorrido, mas não resistiu. Na manhã de ontem (13), foi declarado que ele passava pelo protocolo de morte encefálica. O falecimento foi confirmado na noite dessa quarta. Ele deixa a esposa e três filhas.
Ainda segundo o delegado, a avaliação da polícia é que os assaltantes não buscavam por Marcos Alan especificamente, mas sim uma oportunidade de roubo. Os homens tentaram roubar a moto da vítima, mas deixaram o veículo para trás quando fugiram.
Uma fonte da polícia, sem se identificar, disse que os criminosos chegaram no condomínio com uma moto. “Procuraram a rua sem saída nas imediações do condomínio porque sabiam que, naquele horário, era um local de pouco movimento. Então, pularam o muro e aguardaram lá dentro até que alguém aparecesse. Quando o soldado Alan chegou, o abordaram e, infelizmente, mataram ele. Depois disso, usaram o mesmo muro para sair”, afirma.
Após o crime, dezenas de policiais foram ao hospital onde a vítima estava internada. “Só uma pessoa querida como ele faria uma mobilização assim acontecer durante a noite e madrugada. Era um exemplo para os colegas, conhecido pela simpatia e pelo bom humor. O sentimento de revolta pelo que aconteceu com ele é incomparável. Inacreditável que alguém tão bom tenha tido sua vida ceifada assim sem mais nem menos”, desabafa um colega.
Era um exemplo para os colegas, conhecido pela simpatia e pelo bom humor. O sentimento de revolta pelo que aconteceu com ele é incomparável Colega da vítima
Sem se identificar