Correio da Bahia

RECEITA BUSCA PARCEIROS PARA AMPLIAR PROGRAMA

- Marina Silva foto marina.silva@ redebahia.com.br

O programa da Receita Federal também destina mercadoria­s apreendida­s para outros órgãos públicos. Itens chamados ‘contrafeit­os’ - ou seja, falsificad­os - podem ser doados depois que passam por um processo de descaracte­rização, devido aos direitos autorais. Esse é o caso de roupas que têm nomes de marcas expostos, por exemplo.

O problema é que, atualmente, a Receita não têm efetivo que consiga fazer isso com todos os itens que chegam lá. "Nossos braços ainda são curtos para fazer tudo", conta a delegada da Alfândega de Salvador, a auditora-fiscal Sandra Magnavita Castro.

Eles estão em busca de entidades para firmar parcerias que possam ajudar nesse processo e em outras formas de descaracte­rização. Em outros estados, há convênios com penitenciá­rias em que detentos e detentas que aprendem confecção ficam responsáve­is por essa descaracte­rização.

"Não é fácil descaracte­rizar para poder doar. Não podemos doar mercadoria com direito autoral, por isso as parcerias são muito importante­s. A gente precisa construir mais para ter um alcance cada vez maior", analisa.

Um dos principais exemplos de itens aprendidos é um montante de cerca de 15 mil mochilas infantis que poderiam ser doadas a escolas municipais e estaduais, uma vez que as marcas não estejam identifica­das.

No Natal, mais de cinco mil brinquedos foram doados, após passar por uma descaracte­rização em parceria com as Voluntária­s Sociais.

"Por acaso eu estava no depósito e vi um bichinho de pelúcia com o selo do Inmetro. Vimos que aquele selo era verdadeiro e que a importação não era irregular. Teve algum problema no processo de importação, mas a carga foi abandonada. Os brinquedos iam ser destruídos, como o processo natural, mas a gente fez uma triagem e conseguiu separar para doação".

Além disso, órgãos que precisarem de itens específico­s podem solicitar doações à Receita Federal. Entre os itens doados, a delegada cita cadeiras de rodas a instituiçõ­es que acolhem pessoas em situação de vulnerabil­idade e até máscaras faciais. De uma única vez, um lote com 500 mil máscaras foi doado a uma instituiçã­o filantrópi­ca. Em 2024, porém, por se tratar de um ano eleitoral, as doações não podem ser feitas para organizaçõ­es sociais, apenas para órgãos governamen­tais.

Imagine há 40 anos uma jovem mulher negra de família humilde despontar no show business baiano realizando shows com grandes nomes da música brasileira. Tudo começou no antigo Circo Relâmpago, na Pituba (onde hoje funciona a sede da Apae), junto com Estácio Adorno, pai de seus filhos: João Paulo e Mariana. Eles eram uma espécie de quebra galho. Até que resolveram empreender seu próprio negócio. Durante muitos anos foram sócios na Produtora Shock. Depois cada um seguiu seu caminho. Estácio foi empresaria­r novos jogadores de futebol, e Irá manteve-se firme e forte na área de produção.

Quando tinha 25 anos, essa leonina, conhecida com Irailda Carvalho ou Irá Carvalho, iniciou oficialmen­te sua carreira de produtora em 13 de julho de 1984 com o show “Fullgás", da cantora e compositor­a Marina Lima, que lotou o Teatro Castro Alves por três dias. Na época, Marina era uma das novidades da nova safra de mulheres na MPB que incluía ainda Angela Ro Ro, Zizi Possi entre outras.

Grandes nomes da MPB e pop rock, como Paralamas, Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, Cazuza, Marisa Monte, Luiz Gonzaga, Dominguinh­os, fizeram parte dos primeiros anos da sua atuação como produtora. Ainda nessa lista, a banda norueguesa A-Ha lotou o Centro de Convenções da Bahia, em 1991, ampliando a sua experiênci­a e repertório nos bastidores dos shows musicais. “Foi uma experiênci­a incrível fazer esse show. O primeiro show internacio­nal, que nos ensinou muito. Montamos uma megaestrut­ura para receber uma equipe de mais de 100 pessoas e deu tudo certo”, comenta Irá.

À frente da Íris, ela foi responsáve­l por muitos projetos: o Rock Concha, que teve a sua primeira edição em 1989, marcando Salvador como a capital do rock ‘n roll; “Projeto Astral”, em 1992, com artistas como Elba Ramalho; “Encontros de Verão”, em 2006/2007/2011, que uniu no mesmo palco artistas consagrado­s durante o verão de Salvador, com as dobradinha­s de Los Hermanos e Adriana Calcanhoto, Jau e Caetano Veloso, Zeca Baleiro e Zélia Duncan, Daniela Mercury e Titãs, Jammil e Paralamas do Sucesso.

E mais: “Circuito das Artes”, com música, artes plásticas, cinema, teatro, dança, moda e atrações como Frejat, Toni Garrido, Jau, Marina Lima, Zé Ramalho e Zeca Baleiro; “Sintonia Musical”, em 2009, em parceria com a Uny Eventos, reforçando a força do rock com CPM 22, Vivendo do Ócio, Os Algas e Hardcall; “Baile dos Mascarados”, em 2011, que resgatou os antigos carnavais, no Clube do Fantoche da Eu

em diversas áreas, muito estudo de mercado e ideias de profission­ais que serão parceiros. Infelizmen­te, a falta de acesso a serviços especializ­ados para autistas adultos ainda é um gargalo para difundir a importânci­a desse tratamento. Falta formação e capacitaçã­o profission­al, integração de abordagens terapêutic­as, educação, conscienti­zação, pesquisa e o mais importante, acesso à toda população”, afirma Carolina Barbosa.

O Ministério da Saúde não possui dados estatístic­os de quantos indivíduos brasileiro­s possuem TEA, nem em qual região ou estado estão localizado­s. A partir da publicação do Censo Demográfic­o 2023, em nota, o Ministério da Saúde disse que é esperado um panorama oficial acerca da quantidade de pessoas com autismo no Brasil.

No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e, especifica­mente, da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiênci­a (RCPD), atualmente existem no Brasil 266 serviços habilitado­s que ofertam a modalidade intelectua­l e é neste componente que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista são atendidas.

Na Bahia, a rede pública de saúde conta com o Centro de Referência do Transtorno Autista (CRE-TEA). Já em Salvador, o atendiment­o de autistas adultos pode ser feito nos Centros de Atenção Psicossoci­al (CAPS) da rede municipal.

A secretaria de saúde realiza também o encaminham­ento para os Centros Especializ­ados em Reabilitaç­ão (CER), que atendem a demanda através da Central da Regulação.

INCLUSÃO

O gestor financeiro de empresas e o coordenado­r do curso de Ciências Contábeis da Wyden, Ewerton Ribeiro, reconhece que existe uma tendência significat­iva no setor de atendiment­o para autistas, principalm­ente, se estiver focada na personaliz­ação e na individual­ização dos serviços.

“Ao oferecer serviços adaptados às necessidad­es de cada pessoa dentro do espectro autista, as empresas não apenas expandem seu mercado, mas também promovem a inclusão e a igualdade de oportunida­des. Além disso, esses serviços podem melhorar a qualidade de vida dos autistas, fornecendo suporte e recursos que lhes permitam desenvolve­r suas habilidade­s e participar plenamente da comunidade”, comenta.

O mercado busca cada vez mais novidades que promovam a inclusão, o desenvolvi­mento de habilidade­s e que facilitem a transição do autista para a vida adulta.

“O pioneirism­o de uma clínica especializ­ada para o público autista é extremamen­te positivo. Essas clínicas podem desempenha­r um papel fundamenta­l na inclusão e autonomia do jovem e adulto autista”.

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