Israel reivindica morte do número dois do Hamas
GUERRA EM GAZA O exército de Israel reivindicou nesta quarta-feira (27) a morte do "número dois" do braço armado do Hamas, Marwan Issa, em ataque feito há duas semanas em Gaza.
“Um dos organizadores do massacre de 7 de outubro foi eliminado em um ataque que fizemos há duas semanas”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, em entrevista. Somente ontem, o governo israelense confirmou a informação divulgada pela Casa Branca no dia 18 de março.
O líder do braço armado do Hamas foi “eliminado num ataque preciso da Força Aérea, com base em inteligência do Exército e do Shin Beth”, detalhou o contra-almirante. Shin Beth é o serviço secreto israelense.
Desde o início da guerra em Gaza, esse foi o integrante de mais alto escalão do Hamas morto pelo exército de Israel. Um membro do gabinete político do Hamas, Izzat al-Rishq, afirmou em comunicado não confiar no anúncio de Israel sobre a morte de Marwan Issa. Ele não forneceu, no entanto, nenhuma prova de vida do alto representante da briga al-Qassam, nome do braço armado do movimento islâmico palestino.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, tinha anunciado em 18 de março a morte de Marwan Issa. O governo de Israel, porém, não confirmou a informação até a entrevista de ontem do porta-voz Daniel Hagari.
Marwan Issa nasceu em 1965 e era adjunto de Mohammed Deif, líder das brigadas al-Qassam.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada após um ataque do Hamas em solo israelense, em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelenses. Desde então, Israel iniciou a retaliação com a ofensiva que já deixou mais de 32 mil mortos em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. O Hamas controla Gaza desde 2007 e é classificado como organização terrorista pelos EUA e União Europeia.