Correio da Bahia

Homem preso por estupro cometeu crime por 20 anos

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CAPELINHA O homem preso suspeito de estuprar 13 sobrinhas no bairro da Capelinha, em Salvador, praticava abusos sexuais contra as mulheres da família há mais de 20 anos. A informação foi divulgada pela delegada Simone Moutinho, titular da Delegacia de Repressão a Crimes contra a Criança e o Adolescent­e (Dercca), ontem, em entrevista para falar sobre as investigaç­ões que resultaram na prisão.

Segundo a delegada, no início do ano passado, a polícia recebeu uma notícia crime que uma criança de 8 anos havia sofrido exploração sexual pelo tio. Em seguida, foi aberto um novo inquérito onde consta que a prima desta menina, de 9 anos, também tinha sido abusada. Posteriorm­ente, outras duas mulheres da mesma família e também sobrinhas do autor, disseram que, quando tinham entre 8 e 9 anos, também foram estupradas por ele.

O primeiro abuso aconteceu em 2018 e a vítima tinha 8 anos. Algumas das meninas chegaram a ser abusadas durante dois anos seguidos, de acordo com informaçõe­s da Polícia Civil. “Durante o interrogat­ório, ele [o suspeito] mentiu dizendo que estavam atentando contra a sua honra. Notem que por mais de 20 anos esse homem assediou todas as mulheres da família e as estuprou”, ressaltou a delegada Simone Moutinho.

O homem foi preso em uma casa ao ser encontrado por investigad­ores da Delegacia Especializ­ada de Repressão aos Crimes Contra a Criança e o Adolescent­e (Dercca). No momento, há quatro inquéritos que citam 10 vítimas, todas elas menores de idade à época dos crimes. Outras três vítimas gerarão novos procedimen­tos. A delegada ainda revelou que não se trata de uma prisão em flagrante. “Foi cumprido um mandado de prisão preventiva e o suspeito está custodiado na Polinter aguardando a data da audiência de custódia”.

Ainda segundo a delegada, os casos de violência sexual foram descoberto­s durante uma reunião de família. Os representa­ntes legais das meninas mais jovens resolveram denunciar o crime e isso encorajou as demais vítimas.

“Precisamos ressaltar a importânci­a da quebra do silêncio e da sociedade entender que se essa denúncia tivesse sido feita há um tempo atrás, muitas outras vítimas teriam sido poupadas”, apontou a delegada Simone Moutinho. As denúncias de violência sexual contra crianças e adolescent­es pode ser feita diretament­e na Dercca ou através do Disque Denúncia, pelo número 181.

Notem que por mais de 20 anos esse homem assediou todas as mulheres da família e as estuprou Simone Moutinho Delegada titular da Dercca

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