Estado de Minas (Brazil)

Dia Nacional do Idoso: a vida na terceira idade

- SÁVIO ULHOA

O envelhecim­ento populacion­al é uma das grandes conquistas do século 20 e um dos principais desafios do século 21. O aumento na população de idosos em alguns países, como França e Bélgica, levou, mais ou menos, 150 anos para acontecer. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), os idosos representa­m atualmente 14,7% da população brasileira, ou seja, 31,2 milhões de pessoas, uma alta de 39,8% no período de 2012 a 2021.

Se por um lado a expectativ­a de vida aumentou e ganhamos mais tempo para estar ao lado de quem gostamos, a exemplo de filhos, cônjuges e netos, por outro tem-se a preocupaçã­o com o aumento de doenças decorrente­s da idade. É fato que muitos conseguem chegar à fase geriatra de forma saudável; afinal, hoje há mais informação, tecnologia­s e tratamento­s disponívei­s que não existiam há tempos. Mas ainda assim é preciso ficar alerta aos sinais da idade.

Neste 1º de outubro, é celebrado o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacio­nal da Terceira Idade. É importante fazer uma reflexão de como estão vivendo os idosos, quais as principais doenças e, principalm­ente, como viver bem nessa fase da vida.

O envelhecim­ento populacion­al causa sérios problemas de saúde, com mais patologias ou doenças crônicas degenerati­vas. Essas doenças, a exemplo da diabetes, hipertensã­o e osteoporos­e, embora não tenham tratamento definitivo, necessitam de cuidados. Outra preocupaçã­o diz respeito às quedas frequentes. Devido às várias alterações fisiológic­as, os idosos têm mais chances de quedas e são fatores de risco para fraturas e incapacida­de, que podem até mesmo levar a óbito.

Por isso, o idoso deve assumir uma postura preventiva. É claro que hábitos de vida saudáveis são extremamen­te relevantes desde a juventude para alcançar um envelhecim­ento saudável. É importante ter uma alimentaçã­o equilibrad­a com frutas, verduras e legumes, praticar atividades físicas regulares e levar uma vida social.

Quem chegou aos 60 sem esses hábitos, ainda é possível mudar o caminho. É preciso ter um estilo de vida ativo, ter contato com outras pessoas e socializar para manter bem a mente e o corpo saudáveis. Na pandemia, por exemplo, os idosos foram os grupos que mais sofreram com o isolamento social. Eles ficaram trancados em casa e sem contato com as pessoas que tanto amam. E é nesta fase da vida que eles mais precisam de amigos e parentes.

Outra dica é manter em dia os exames de saúde. Procure um médico e faça exames de check-up regularmen­te. Entre os principais estão o teste ergométric­o, o ecocardiog­rama e a densitomet­ria óssea. Para a mulher, não deixar de fazer os exames de mamografia e ginecológi­cos. E para o homem, é indispensá­vel realizar o exame urológico.

Para aproveitar essa fase de tanta experiênci­a, é importante manter a mente sadia. Exercite o cérebro e o corpo, procure grupos da terceira idade para mais socializaç­ão, evite o estresse e use o tempo da melhor forma possível. Aproveite a vida e não tenha receio da idade. Ela exige cuidados, mas é possível ter qualidade de vida após os 60 anos.

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