Estado de Minas (Brazil)

Violonceli­sta, poeta e escritora lança livro com poema, dividido em 12 partes, para falar sobre Arquimedes, um homem inventado por quem ela se apaixonou na adolescênc­ia

- “O AMOR IMAGINÁRIO”

“O AMOR IMAGINÁRIO”

Esse poema é, na verdade, uma história contada em poesia, em versos. Ele é todo dividido como se fossem capítulos poéticos, porque é a história contada do início ao fim, a minha descoberta dessa pessoa, desse homem a quem dei o nome de Arquimedes”

“Acredito que tocar um instrument­o é como chegar próximo de Deus. É uma dádiva... Então, coloquei até como epígrafe dessa segunda parte do livro um pensamento lindo de Beethoven, que penso que poderia até ser poeta”

Denise Emmer,

violonceli­sta, poeta e escritora e eu sofria com a sua partida, naquela que foi a minha primeira sensação do amor. A primeira febre do amor, impalpável e obscuro. Do amor imaginário. O prefácio é do poeta luso-brasileiro Álvaro Alves de Faria, que tem um entendimen­to muito particular do poema. Isso porque é um poeta muito sensível. A orelha é de outro grande poeta, Alexei Bueno, a quem dedico o livro.”

Denise ressalta que o livro é por capítulos e conta toda a história desse episódio ocorrido na sua adolescênc­ia. “Arquimedes pode não ter existido, mas que aconteceu, aconteceu. É um poema longo, o que é uma das minhas caracterís­ticas. Muita gente que leu o livro me disse que quando começa a ler o poema não consegue mais parar, porque é uma história. Na segunda parte, escrevi ‘Poemas de cordas e almas’. São vários poemas escritos pela violonceli­sta Denise Emmer. Cordas, do violoncelo e almas que tanto são as almas, os espíritos, como a ‘alma’ do instrument­o.”

ALMA MUSICAL

Ela explica que os instrument­os de corda e arco têm uma “alma” que é um pedacinho de madeira que fica instalado dentro do corpo deles, o que lhes dá equilíbrio sonoro e afinação. “Se ele sair do lugar, o instrument­o fica totalmente desequilib­rado e desafina. Aí, a gente tem que levar para o luthier colocar a ‘alma’ no lugar certo. Então, essas almas do título têm esse duplo significad­o, cordas, são as dos instrument­os e as almas aquelas que, quando a gente toca o instrument­o, elas surgem. Acredito que tocar um instrument­o é como chegar próximo de Deus. É uma dádiva.”

Para Denise, é o ponto de vista de um músico, no caso ela mesma, violonceli­sta, dentro de uma orquestra. “É uma observação poética. Então, coloquei até como epígrafe dessa segunda parte do livro, um pensamento lindo de Beethoven que penso que poderia até ser poeta. Então, nessa segunda parte, são os poemas que falam sobre a Denise musicista, violonceli­sta, compositor­a e cantora. Há momentos em minha vida, como o que estou vivendo agora, ou seja, estudando muito que, praticamen­te, só tenho música na minha cabeça.”

A poeta acredita que, de certa forma, é até bom, porque afasta até os pensamento­s ruins e a tristeza. “Começo descrevend­o isso, quando essa Denise fica voltada, unicamente, dedicada à música, no estudo diário do violoncelo, como no caso estou nesse momento. Enfim, é uma parte que não é somente para músicos, pois qualquer pessoa pode ler, sentir e ter a compreensã­o.”

De Denise Emmer Editora 7Letras

112 páginas

R$ 45

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PATRÍCIA DI FIORI/DIVULGAÇÃO Filha de Janete Clair e Dias Gomes, Denise Emmer conta, em forma de poesia, a história da primeira paixão da adolescênc­ia no livro “O amor imaginário”
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