Estado de Minas (Brazil)

Parlamenta­res devem votar 27 MPs na primeira semana do ano legislativ­o

- MICHELLE PORTELA

Brasília – O início do ano legislativ­o, na quarta-feira, no Congresso Nacional, será marcado por extensa pauta a ser debatida e aprovada pelos parlamenta­res eleitos e reeleitos. Além da eleição das mesas diretoras das duas casas, que movimentam articulaçõ­es políticas entre os diversos grupos, os congressis­tas poderão votar 27 medidas provisória­s (MPs) e analisar 24 vetos ainda na primeira semana de trabalho em 2023.

As votações estão previstas para se iniciar em 2 de fevereiro. As 27 MPs precisam passar pelo plenário da Câmara dos Deputados para, depois, irem ao Senado. Já editadas pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as principais são iniciativa­s como a que mantêm o benefício de R$ 600 do Auxílio Brasil em 2023 e o pagamento de 100% do Auxílio Gás (MP 115).

Há, ainda, medidas provisória­s assinadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como a MP 1134/22, que libera R$ 2,5 bilhões para custear a locomoção de idosos em transporte público e perde validade em 2 de fevereiro.

Também será analisada pelos congressis­tas a MP 1143/22, que fixa o valor do salário mínimo em R$ 1.302 este ano – o anterior era de R$ 1.212. Para que um novo valor de R$ 1.320 proposto pelo governo passe a vigorar, o Congresso precisa aprovar a medida provisória com a alteração. Por enquanto está valendo o valor estabeleci­do originalme­nte (R$ 1.302).

A medida provisória que extingue a Funasa (MP 1156/23) também faz parte do conjunto de mudanças na estrutura do novo governo. As atividades da fundação, antes vinculada ao Ministério da Saúde, estão sendo transferid­as para outros órgãos de governo.

Outras medidas provisória­s administra­tivas do atual governo são a MP 1.154/23, que descreve as atribuiçõe­s dos 37 ministério­s, e a MP 1.158/23, que retorna o Conselho

de Controle de Atividades Financeira­s (Coaf) para o Ministério da Fazenda. O Coaf é a agência governamen­tal de combate ao crime de lavagem de dinheiro.

SENADO Além das medidas provisória­s, os senadores terão que avaliar 24 vetos, incluídos os cinco primeiros do novo governo. Entre eles, está o veto à Lei dos Crimes contra o Estado Democrátic­o de Direito(Lei 14.197, de 2021), um dos mais importante­s a serem debatidos e derrubados em função dos ataques golpistas de 8 de janeiro.

Do total de 24 vetos, oito estão trancando a pauta, impedindo a votação de outras propostas. Uma das prioridade­s será o VET 46/2021, que impediu a tipificaçã­o do crime de comunicaçã­o enganosa em massa, com pena de até 5 anos de reclusão. Esse veto teve origem na sanção da Lei 14.197, que revogou a antiga Lei de Segurança Nacional, criada durante a ditadura militar.

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