Prefeito entrega chaves para abrir a folia de BH
SÍLVIA PIRES
O partida oficial do carnaval 2023 de Belo Horizonte foi marcada pela entrega da chave da cidade à corte real momesca, ontem, pelo prefeito Fuad Noman. De 4 a 26 de fevereiro, a capital mineira contará com uma extensa programação, entre blocos de rua, desfiles de escolas de samba e atrações na Praça da Estação, no Centro de BH.
O ato simbólico foi realizado no Teatro Francisco Nunes, no Centro de BH, e contou com a presença do Rei Momo Rafael Eduardo, da rainha Efigênia Maria e da princesa Gabriela Santos. “Vamos dar início à festa mais bonita do Brasil. É com muito orgulho que eu cumprimento e passo a chave da cidade para a corte”, declarou Fuad, durante a cerimônia.
O prefeito destacou o papel da folia como propulsor da economia da cidade. “O carnaval representa um incremento importante de renda e emprego, com impacto em diversos setores da sociedade”, afirma. A projeção é que o evento contribua na geração de mais de 20 mil empregos diretos e indiretos.”
Ele destaca, ainda, a expectativa para o evento, que promete ser o maior da história da cidade.
“Depois de dois anos presos em uma pandemia, que acabou com a nossa alegria, estamos voltando mais fortes e mais alegres. E o carnaval faz a gente mais feliz”, declarou Fuad.
A programação de rua terá 493 blocos e 539 cortejos espalhados por todas as regionais da cidade. “O trabalho de descentralização é permanente. Acreditamos em um carnaval que deve acontecer na cidade como um todo. Não vai faltar festa para ninguém. A cidade está preparada, com todos trabalhando nas nove regionais”, destaca o presidente da Belotur, Gilberto Castro. Em 2020, foram 453 blocos e 520 cortejos.
Belo Horizonte vai contar com mais de 16 mil vendedores ambulantes para receber os cerca de 5 milhões de foliões esperados no carnaval de 2023.
De acordo com um levantamento feito pela PBH, este ano houve aumento de 10% nas inscrições para ambulantes, comparado a 2020. A expectativa é que o faturamento supere a casa dos R$ 4 mil. A abertura oficial da festa será no dia 17 de fevereiro, sábado de carnaval, na Praça da Estação. A apresentação fica por conta do Kandandu, tradicional encontro de blocos afros de BH.
INVESTIMENTO Para ajudar no fomento da festa, a Belotur disponibilizou, por meio de três editais, R$ 3,7 milhões para a cadeia produtiva do carnaval de Belo Horizonte se manter ativa e 71 blocos de rua foram contemplados. “Estamos preparados, foi um planejamento árduo, muito trabalho e, hoje, abrimos o carnaval confiantes e felizes de realizar essa festa novamente”, afirma Castro.
Também foram investidos R$ 2,116 milhões nas escolas de samba, valor 23% superior à última edição do carnaval. Os tradicionais blocos caricatos receberam, ao todo, investimentos na casa dos R$ 480 mil. O gasto total com a festa, porém, ainda não foi anunciado. “Os números ainda não estão fechados. Devemos fechar isso em breve, porque algumas contratações ainda estão sendo feitas. Ainda não temos uma estimativa”, disse o presidente da Belotur.
TRÂNSITO Para atender ao grande número de blocos, estão previstos bloqueios de vias e desvios no trânsito para garantir a segurança dos foliões. “São as áreas de restrição na Savassi, Zona Leste, Floresta e Pampulha. Isso é feito para termos previsibilidade para o morador e o folião”, explica Júlia Gallo, presidente da BHTrans.
O esquema de trânsito e transporte na Região CentroSul de BH vai contar com rotas especiais, incluindo alterações no itinerário e nos pontos de embarque e desembarque das linhas do transporte coletivo. Segundo a PBH, todos os pontos desativados terão placas indicando o ponto mais próximo para cada linha.