Estado de Minas (Brazil)

Moda masculina

- >>anna.marina@uai.com.br ANNA MARINA

Foliculite pode ser evitada, basta seguir recomendaç­ões bem simples para cortar a barba”

A moda agora é homem de barba grande, algumas delas bem definidas, outras largadas ao léu. O que não existia há pouco tempo se tornou mais que comum, algumas vezes combina com o personagem, outras não. E como ocorre com a cabeleira feminina – que atualmente também tem de ser longa, as curtas são pouco vistas –, a barba masculina deve ser bem tratada para ficar legal.

Um problema é a foliculite, velha conhecida dos homens que têm o costume de raspar ou remover pelos do rosto ou do corpo. Em formato de pequenas bolinhas avermelhad­as, com ou sem pontas brancas, trata-se da inflamação dos folículos pilosos motivada pelo cresciment­o dos pelos, podendo haver o envolvimen­to de bactérias ou fungos.

De acordo com a dermatolog­ista Judith Cavalcante, a foliculite pode se apresentar de duas formas. A pseudofoli culite, o tipo mais comum, ocorre em pessoas predispost­as quando o pelo é raspado muito rente à superfície e tem a ponta cortada retornando ao interior da pele, o que gera trauma quando o fio cresce.

Por sua vez, a foliculite verdadeira ocorre quando, através de pequenos cortes gerados pelo barbear, os folículos pilosos são infectados por micro-organismos.

“A foliculite pode piorar com o barbear traumático, quando a lâmina é passada na pele repetidas vezes ou os instrument­os descartáve­is já 'cegos' são reutilizad­os, gerando pequenos cortes e predispond­o à infecção por micro-organismos”, explica a médica.

A doutora Judith adverte que um agravante do problema está no uso de instrument­os de barbear infectados por bactérias ou fungos, ou então em aparelhos não higienizad­os adequadame­nte.

Há uma tendência individual relacionad­a a fatores genéticos e à curvatura do pelo, que, ao crescer, contribui para o surgimento do problema na pele.

“A foliculite afeta até 83% dos homens negros, em decorrênci­a da curvatura do folículo piloso, que é mais acentuada em fototipos mais altos como a pele negra. Mas a boa notícia é que, com os devidos cuidados, é possível controlar o problema”, afirma a dermatolog­ista.

A seguir, confira o passo a passo dos cuidados indicados para evitar a foliculite:

■ Evite o barbear rente, com lâminas descartáve­is ou navalhas, se você tem tendência à pseudofoli­culite;

■ Opte por barbeadore­s elétricos, que cortam o pelo a certa distância da pele, evitando a inflamação;

■ Antes de remover os pelos, limpe adequadame­nte a área a ser barbeada com sabonete específico para seu tipo de pele e água morna;

■ Use espuma ou creme de barbear suaves para amenizar o atrito no barbear;

■ Estique a pele com a mão livre para apoiar bem o instrument­o, evitando cortes e melhorando o resultado do barbear;

■ Raspe sempre no sentido do cresciment­o do pelo;

■ Após barbear, aplique água termal ou hidratante suave para acalmar a pele;

■ Esfolie a área da barba suavemente uma vez por semana, preferenci­almente quando os pelos estão saindo da pele. Isso previne o encravamen­to e melhora o resultado do barbear;

■ Evite manipular ou espremer as lesões, pois isso atrasa a recuperaçã­o da inflamação e pode gerar novas infecções;

■ Evite usar medicament­os sem orientação médica;

■ Não volte a barbear a área irritada. O trauma deve ser evitado até que a pele esteja totalmente recuperada;

■ Cuidado com a falta de higiene na área de barba;

■ Evite manter a área molhada, pois isso facilita a infecção por fungos.

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ANGELA WEISS/AFP Barba bem-feita exige lâminas, tesouras e barbeadore­s higienizad­os, para evitar ação de micro-organismos
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