Estado de Minas (Brazil)

FESTA, SÓ FORA DE CAMPO

Em um Ipatingão pintado de azul, Cruzeiro tem dois jogadores expulsos e não passa do empate sem gols com o Tombense. Outra igualdade no Mineirão dá a vaga na final à Raposa

- LUIZ HENRIQUE CAMPOS ENVIADO ESPECIAL

Ipatinga – A atmosfera vibrante emanada das arquibanca­das do Ipatingão, lotadas por mais de 20 mil torcedores, não foi suficiente para empurrar o Cruzeiro rumo à vitória. De volta a Ipatinga após seis anos, o time celeste teve dois expulsos e ficou apenas no empate por 0 a 0 com o Tombense, ontem à noite deste domingo, pelo jogo de ida da semifinal do Campeonato Mineiro.

A Raposa mandou nas ações ofensivas do primeiro tempo, mas passou por alguns sustos após uma perda importante: o zagueiro Zé Ivaldo foi expulso diretament­e aos 33min da etapa inicial. Para não mexer na equipe, o técnico Nicolás Larcamón recuou o volante Lucas Romero para a zaga.

As mexidas de Larcamón no segundo tempo deram um ânimo a mais para a equipe, mas não foram suficiente­s para dar a vitória ao Cruzeiro. O time ainda perdeu Marlon expulso por reclamação no fim.

O resultado conseguido fora de casa não foi de todo ruim para o Cruzeiro. Isso porque os celestes, detentores da melhor campanha da primeira fase do Estadual, têm a vantagem de jogar por dois empates na semifinal. Assim, nova igualdade no jogo de volta, no Mineirão, no fim de semana, classifica a Raposa à final. Já para o Tombense – que antes da partida ergueu o troféu de campeão do interior –, vitória virou obrigação.

DOIS BAQUES

O Cruzeiro ditou o ritmo do jogo, mas sofreu um baque na reta final do primeiro tempo. O time celeste teve quatro chances de abrir o marcador antes mesmo dos 10 minutos de bola rolando, com João Marcelo, Arthur Gomes, Zé Ivaldo e Rafael Elias. Contudo, parou na defesa bem postada do Tombense.

A equipe estrelada reclamou muito de um possível pênalti em Papagaio. No entanto, Paulo César Zanovelli nada marcou e mandou seguir o lance. O árbitro teve outra decisão que contrariou os cruzeirens­es na partida. Aos 33, ele foi chamado à cabine do VAR para analisar possível expulsão de Zé Ivaldo. O zagueiro, que já havia recebido um cartão amarelo, foi punido diretament­e com o vermelho depois da análise do árbitro. O defensor foi imprudente e acertou a perna de Kaio Mendes.

Com mais espaço para explorar, o Tombense passou a levar perigo para o Cruzeiro. Aos 39, João Marcelo quase mandou contra o próprio patrimônio em saída de soco na bola de Rafael Cabral. Depois, o goleiro ainda evitou um chute de Felipinho.

As equipes voltaram do intervalo com a mesma postura. O Cruzeiro ainda tentava se encaixar com menos um jogador em campo, enquanto o Tombense explorava os espaços vazios. E foi o Gavião-carcará quem teve a grande oportunida­de de marcar: aos 22min, Rafael Cabral se esticou todo para fazer uma bela defesa em chute de Rafinha. O goleiro estava adiantado e precisou dar um salto para trás.

A tentativa de resposta do Cruzeiro veio com Lucas Romero. O volante aproveitou bobeada do Tombense e tentou surpreende­r o goleiro Felipe Garcia em chute do meiocampo. Contudo, a bola passou longe. Ele percebeu que não conseguiri­a partir em velocidade até a meta adversária e por isso arriscou.

Quando parecia melhorar na partida, o Cruzeiro perdeu Marlon por expulsão aos 39. O lateral-esquerdo tomou um amarelo por retardar a saída de campo e, na sequência, levou o vermelho por reclamação. Assim, na decisiva partida da semifinal, Larcamón terá de armar o time sem dois importante­s titulares.

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FOTOS: ALEXANDRE GUZANSHE/EM/D.A. PRESS TIME CELESTE NÃO CONSEGUIU FURAR O BLOQUEIO IMPOSTO PELA EQUIPE DE TOMBOS NO VALE DO AÇO, MAS COM O RESULTADO MANTEVE A VANTAGEM PARA A CLASSIFICA­ÇÃO

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