Estado de Minas (Brazil)

HADDAD DIZ QUE AGU ESTUDA RECORRER AO STF

Ministro da Fazenda lembrou que uma lei aprovada pelo Congresso prevê que toda despesa primária ou desoneraçã­o tem que vir acompanhad­a de fonte de recursos

- FERNANDA STRICKLAND

Oministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem que a AdvocaciaG­eral da União (AGU) estuda judicializ­ar a retomada da desoneraçã­o da folha de pagamento dos municípios. As declaraçõe­s do chefe da equipe econômica ocorrem dois dias após a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de manter a medida.

Estimativa­s do Ministério da Fazenda apontam que a decisão pode custar até R$ 10 bilhões aos cofres da União. “A AGU está estudando a matéria. Isso não foi submetido ainda ao presidente da República. Nós temos de entender que todo gasto tributário primário tem de vir acompanhad­o de uma compensaçã­o. Isso não sou eu que estou inventando, é uma lei complement­ar aprovada pelo próprio Congresso”, comentou Haddad após reunião com o vice-presidente e ministro do Desenvolvi­mento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto.

Segundo o ministro, “toda renúncia fiscal e todo aumento de gasto público têm de vir acompanhad­os de uma fonte, senão nós não conseguimo­s atingir os objetivos que todos nós concordamo­s que são importante­s. E, sem isso, nós atrasamos a agenda econômica”.

Em conversa com jornalista­s, o chefe da Fazenda foi questionad­o sobre a possibilid­ade de acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para eventual revogação do benefício tributário aos municípios. “A AGU está estudando a matéria. Isso não foi submetido ao presidente da República. Nós temos que entender que todo o gasto tributário primário tem que vir acompanhad­o de uma compensaçã­o”, disse.

Na segunda-feira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu manter a desoneraçã­o da folha de pagamento dos municípios. Ele tornou sem efeito pontos de Medida Provisória 1.202, editada pelo governo, que a partir de hoje aumentava a alíquota de contribuiç­ão previdenci­ária das prefeitura­s de 8% para 20%. ■

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MICHELE SPATARI/AFP HADDAD DISSE QUE RECURSO JUDICIAL ESTÁ EM ESTUDO E NÃO FOI SUBMETIDO AO PRESIDENTE LULA AINDA

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