DE MOTO RUMO AO ALASKA
Marcelo Gayo conseguiu um feito e tanto. Por 72 dias, ele rodou, de moto, exatos 29.325 km, cruzando 14 países (Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, El Salvador, Guatemala, Belize, México, EUA e Canadá). O resultado dessa aventura está no livro "Relatos de viagem – De Piedade do Paraopeba para o Alaska de moto… aos 70", que será lançado, com noite de autógrafos, no próximo dia 24, no Bordô Gastro Vino, na Savassi.
AMOR EM DUAS RODAS
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Marcelo era muito jovem quando teve o interesse despertado pelas duas rodas. Fez pequenas viagens, depois, as médias e as maiores, com a CB 400, moto icônica no Brasil. Nos anos 1980, depois que conheceu a mulher, a médica Hilma Gayo, ela era sua companhia na garupa.
Para o Alaska, César, amigo de Marcelo, foi sua companhia.
VIAGEM EM NÚMEROS
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De Minas Gerais ao Alaska, os
29.325 km consumiram 1.384 litros de gasolina. Num trecho entre a
Colômbia e o Panamá, a moto foi embarcada em avião. Na média, por dia, foram sete horas e meia na estrada. Mas, como contou Marcelo em entrevista a esta coluna, no ano passado, "houve percursos de 12 horas e outros que duraram pouco mais de três horas".
CULINÁRIA E ARTE
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Evento tradicional no calendário das escolas, a International Food Fair, feira que reúne a diversidade culinária de 13 países; e a Art Fair, feira em que os alunos expõem suas obras produzidas durante o ano letivo, vão movimentar a Escola America, neste sábado (13/4), das 9h às 14h. As obras de arte poderão ser adquiridas em um “Leilão Silencioso” e os recursos arrecadados serão destinados ao Projeto Casa do Beco.
RODA DE SAMBA
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Pela primeira vez, o evento Ô Sorte vai ocupar espaços públicos da capital mineira, em edição especial, promovendo uma roda de samba ao ar livre. No dia 4 de maio (sábado), a Praça JK recebe a banda de samba Ô Sorte, em parceria com a cantora Adriana Araújo e o coletivo Abre a Roda Mulheres no Choro e o projeto de discotecagem em vinil Durval Sounds.
SÁBADO, 13/4/2024
“Basta encontrar uma profissional habilitada em micropigmentação”
Um dos livros fundadores do feminismo moderno, “O segundo sexo” foi escrito em 1949 pela filósofa existencialista Simone de Beauvoir (1908-1986). Em sua obra mais famosa, a pensadora francesa discute como a mulher é encarada como o “outro” pela sociedade, sempre subordinada ao homem.
Ideias de Simone de Beauvoir continuam atuais. O segundo encontro do projeto Sábados Feministas, promovido pelo movimento Quem Ama Não Mata em parceria com a Academia Mineira de Letras (AML), traz uma atualização de “O segundo sexo”, propondose a discutir os feminismos contemporâneos do Brasil e do mundo. O evento será realizado neste sábado (13/4), às 10h, no auditório da Academia, com entrada franca.
PÓS-MODERNIDADE
No segundo sábado de cada mês, o evento discute vivências femininas sob a perspectiva dos feminismos contemporâneos. A professora e pesquisadora Magda Guadalupe fará a palestra desta manhã.
“Há questões que estão desde 1949 nas obras de Beauvoir e se apresentam hoje nos feminismos da interseccionalidade, decolonialidade e pós-modernidade. Beauvoir continua muito atual tanto nos temas quanto nos tópicos que inicialmente trabalhou em ‘O segundo sexo’”, diz.
Magda Guadalupe estuda o pensamento de Simone de Beauvoir desde 1970, quando passou a se interessar pelo existencialismo.
Ela fez mestrado em filosofia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é professora da PUC Minas e da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).
CORPOS SUBMISSOS
A professora destaca que a pensadora francesa, em “O segundo sexo”, se preocupa em analisar criticamente mitos da cultura ocidental que fabricam a figura da mulher biologicamente destinada a ser submissa à estrutura de poder. Simone de Beauvoir tentava desnaturalizar esses corpos submissos, observa Magda Guadalupe.
“A relação entre natureza e cultura é muito importante para se pensar como a sujeição feminina começa historicamente”, diz a intelectual. “A dominação sexual se apresenta ao longo da história e deve, segundo Beauvoir, ser reconhecida como ponto de partida de outras variações de submissão. Para ela, não se trata de uma condição pelo fato de se nascer biologicamente mulher, mas porque a cultura determina um olhar dominador sobre todas nós”, explica. ■
* Estagiária sob supervisão da editora-assistente Ângela Faria
SÁBADOS FEMINISTAS
Palestra da professora Magda Guadalupe. Tema: “Simone de Beauvoir e os feminismos contemporâneos no Brasil e no mundo”. Neste sábado (13/4), às 10h, no auditório da Academia Mineira de Letras (Rua da Bahia 1.466, Lourdes). Entrada franca.