Folha de Londrina

‘Lixo zero é você andar pela cidade e não ter lixo’

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Desde a gestão passada se discute a capacidade da Central de Tratamento de Resíduos De Londrina, localizada no Distrito de Maravilha (zona sul). Com uma área de 30 alqueires, a CTR tem hoje uma célula para recebiment­o de resíduos em operação e três estão encerradas. A central foi implantada em 2011 e a previsão de vida útil é de 25 anos, mas cada célula tem validade de cerca de dois anos e uma nova deve ser construída. Em 2016, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o (CMTU) abriu o edital de licitação para a construção e os envelopes deveriam ser abertos em 15 de dezembro, mas o processo foi suspenso no dia 14 para passar por ajustes após questionam­entos nos termos do edital. “Acho que não vamos ter problemas porque a capacidade vai dar para mais uma gestão. O que precisa melhorar na CTR é a parte de seleção de orgânico e a parte de compactaçã­o. Se o lixo não estiver bem selecionad­o, não dá compactaçã­o e reduz a capacidade da vala. A médio e curto prazo está tudo certo”, afirmou o presidente da CMTU, Moacir Sgarioni.

O presidente da companhia também planeja rever a questão do tratamento de chorume, que hoje é enviado para Maringá (Noroeste) a um custo de R$ 3,5 milhões ao ano. “Setenta por cento disso são frete e pedágio. Estou trabalhand­o nessa questão com a possibilid­ade de buscar alternativ­as com empresas mais próximas.”

EUROPA

Sobre a implantaçã­o do Programa Lixo Zero, lançado na gestão do prefeito Alexandre Kireeff (PSD), Sgarioni disse não considerar viável para esta administra­ção. “Eu peguei o projeto, mas eu tive dificuldad­e de entender. Para mim, lixo zero é você andar pela cidade e não ter lixo. Tem coisas que são sonhadoras, são para uma Europa da vida. Não acho viável a curto e a médio prazo. Acho que vai ter um custo alto, mas não está descartado porque tudo o que está em projeto tem que caminhar. Tem uma equipe pensante discutindo as probabilid­ades.”

O Programa Lixo Zero prevê a instalação de 15 mil contêinere­s na cidade, um em cada quarteirão, onde a população deveria depositar o seu lixo. Os caminhões fariam a coleta do volume desses contêinere­s.

(S.S.)

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