Folha de Londrina

Os segredos da fantasia

“É Proibido Ler Lewis Carroll”, romance infantojuv­enil de Diego Arboleda, mistura com bom humor o absurdo da fantasia e o absurdo da realidade

- Marcos Losnak Especial para a Folha2

A fantasia e a infância caminham de mãos unidas pelo mundo. Mas existem aqueles que pensam que a fantasia pode compromete­r o entendimen­to da realidade pelas crianças. Para discutir o assunto, o escritor espanhol Diego Arboleda criou “É Proibido Ler Lewis Carroll”, romance infantojuv­enil lançado pela editora FTD. Com ilustração de Raúl Sagospe, a obra recebeu vários prêmios literários da Europa. O livro traz a história de uma garotinha que adora as histórias do escritor inglês Lewis Carroll (1832 – 1898), autor do clássico “Alice no País das Maravilhas”. Também traz a história de sua professora, Eugénie, que vive a dúvida entre liberar ou controlar as fantasias da menina, chamada Alice.

Eugénie é uma professora francesa completame­nte azarada. Parece que existe uma nuvem negra sobre sua cabeça. Todo tipo de desastre acontece por onde ela passa.

Certo dia Eugénie recebe a missão de ser preceptora de Alice, que reside com a família em Nova York. Em seu primeiro dia de trabalho, recebe uma inusitada exigência de conduta: ela deve mentir para a menina.

Alice é uma grande fã dos personagen­s de “Alice no País das Maravilhas”. Mas seus pais, por considerar­em a obra muito fantasiosa, acham que a menina não deve ter contato com ela. Chegam a proibir, dentro de casa, todo e qualquer assunto sobre o livro e seu autor.

O problema é que Alice fica sabendo que Alice Liddell, a menina real que inspirou Lewis Carroll a criar a personagem Alice, está na cidade para participar das comemoraçõ­es do centenário de nascimento do criador de “Alice no País das Maravilhas”.

Com muito humor, Diego Arboleda, em “É Proibido Ler Lewis Carroll”, desenha a família da garotinha Alice com as mesmas cores do nonsense presentes na fantasia de “Alice no País das Maravilhas”. Ou seja, a realidade pode ser tão fantasiosa quanto a própria fantasia.

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