Folha de Londrina

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SUS

Os deputados estaduais aprovaram ontem, em primeiro turno, projeto de lei obrigando hospitais, casas de saúde e clínicas conveniada­s com o Sistema Único de Saúde (SUS) do Paraná a afixar cartazes informando a vedação de cobrança de procedimen­tos e a possibilid­ade de denúncia do infrator. De autoria de Claudia Pereira (PSC), a proposta passou por 35 votos favoráveis, emsessão na Assembleia Legislativ­a (AL). Ela precisa ser aprovada ainda em pelo menos mais duas discussões, antes de ser encaminhad­a para sanção ou veto do governador Beto Richa (PSDB).

Argumentos

Os cartazes deverão conter os seguintes dizeres: “Atendiment­o gratuito pelo SUS. Se houver cobrança, denuncie. Ligue 136”. “Diferentem­ente do que acontece com planos de saúde comerciais, no SUS todos têm direito aos serviços que são gratuitos de maneira integral. O atendiment­o oferecido deve ser igual para todos, sem discrimina­ção, independen­temente de contribuiç­ão ou trabalho de carteira assinada”, diz trecho da justificat­iva.

‘Negociata é normal’

O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) acha “absolutame­nte normal” a participaç­ão de partidos no governo emtroca de votos no Legislativ­o. “Todos os governos que fazem composição com vários partidos colocam a participaç­ão de outros partidos no governo. Foi o que nós fizemos. O PMDB sozinho não iria governar”, afirmou. “Vários partidos sempre vão apoiar o governo e, com isso, eles têm participaç­ão no governo, o que é mais do que normal, absolutame­nte normal”, disse o ministro ao se referir ao episódio em que foi gravado em uma palestra admitindo que o Ministério da Saúde foi entregue ao deputado Ricardo Barros em troca de apoio do PP, partido do ministro, no Congresso.

‘Ricardo, o notável’

Na gravação, divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, Padilha disse que o governo queria um “notável” para comandar o ministério, mas que, diante da indicação do PP, “Ricardo será o notável”. “Quem é gestor público, quem já passou por vários estamentos da estrutura pública... Eu fui prefeito, secretário de Estado, ministro de Estado em várias situações. Em tese, eu conheço bem como funciona a máquina do Estado. Esperávamo­s e esperamos que todos aqueles que os partidos são aliados da base também indiquem pessoas que têm esta mesma qualificaç­ão”, justificou Padilha.

‘Agimos corretamen­te’

Padilha também saiu em defesa de Moreira Franco. Citado 34 vezes emdelação da Odebrecht na Operação Lava Jato, Moreira teve sua nomeação como ministro da Secretaria Geral da Presidênci­a mantida pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). Assim, garante, pelo menos temporaria­mente, o foro privilegia­do junto à Corte. “Nunca houve dor de cabeça porque nós tínhamos convicção que tínhamos agido corretamen­te e o Supremo Tribunal Federal disse isso: o presidente Michel Temere o ministro Moreira Franco agiram corretamen­te”, afirmou.

Fim da ‘boca livre’

Apensão vitalícia concedida a ex-governador­es da Bahia foi suspensa na última segunda-feira (13) por determinaç­ão da Justiça. O benefício foi aprovado pela Assembleia Legislativ­a da Bahia em novembro de 2014, dias antes do ex-governador Jaques Wagner (PT) deixar o cargo. O valor da pensão é de R$ 22,4 mil, equivalent­e ao salário do governador. A decisão, em caráter liminar, foi tomada no âmbito de uma ação popular movida por Fábio Brito, coordenado­r da Associação de Policiais e Bombeiros do Estado da Bahia. Cabe recurso. Além de Wagner, tinham direito à pensão os ex-governador­es Paulo Souto( D EM) e João Dur val (PDT). A pensão vitalícia aos ex governador­es da Bahia é restrita aos gestores que possuem mais de 30 anos de contribuiç­ão previdenci­ária e governaram o Estado por até quatro anos ininterrup­tos ou cinco intercalad­os.

Fraude em licitações

A Polícia Federal, o Ministério da Transparên­cia e o Ministério Público Federal em Goiás deflagrara­m nessa quarta (15) uma operação para apurar fraude em licitações e desvi ode recursos público sem convênio firmado entre o extinto Ministério da Pesca e Aqui cultura e o Município de Itauçu (GO). Os contratos foram feitos para a construção deuma fábrica de farinha e ração para peixes.

Prejuízo de R$ 1 milhão

As investigaç­ões da Operação Betsaida tiveram início em 2015, a partir de representa­ção feita ao MPF/GO por um grupo de vereadores de Itauçu, que relatou irregulari­dades na execução do convênio, no valor de R$ 14,7 milhões. Desse montante fiscalizad­o pela CGU, foi identifica­do prejuízo já ocorrido de mais de R$ 1 milhão, um prejuízo potencial de R$ 536 mil e indícios de direcionam­ento e conluio entre empresas na licitação para compra dos equipament­os, além de estudo de viabilidad­e deficiente e a obra atrasada e paralisada.

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