Para reitor, UFPR foi ‘vítima de esquema’
Curitiba - O reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, disse nesta quinta-feira (16) que a instituição “não vai descansar” enquanto não recuperar os recursos desviados do orçamento de bolsas e auxílios, estimados até o momento em R$ 7,3 milhões. Ele reiterou o apoio da universidade às investigações conduzidas pela Polícia Federal e reafirmou que as investigações de caráter administrativo, no âmbito da própria instituição, serão conduzidas “com absoluto rigor”
Vinte e oito suspeitos foram presos na quarta-feira (15), pela Polícia Federal (PF), por suposto envolvimento em um esquema de fraudes no repasse de bolsas de estudo a pessoas sem vínculo acadêmico com a instituição de ensino. “A universidade está absolutamente comprometida com a transparência e a elucidação dos fatos. Não seremos lenientes com qualquer irregularidade que venha a ser comprovada ao final dos processos”, afirmou.
O reitor disse que a UFPR se considera “vítima de um esquema criminoso”. E acrescentou que a universidade foi oficialmente notificada das suspeitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) em novembro do ano passado e que imediatamente tomou providências para esclarecer o caso.
Ainda de acordo com o reitor, a UFPR nunca deixou de ter mecanismos de controle sobre o pagamento de bolsas e auxílios. “O que ocorreu foi que na cadeia de controle havia brechas que foram utilizadas por algumas pessoas para ludibriar o sistema. Como o próprio juiz federal do caso aponta em seu despacho, houve aparente abuso de confiança por parte de duas servidoras sobre as quais não havia presunção de desconfiança. Uma delas é servidora da UFPR há 33 anos e outra, há 40”, afirmou.
O reitor destacou que as duas servidoras já estavam afastadas do exercício dos cargos públicos desde o dia 6 de fevereiro – antes, portanto, da operação da Polícia Federal e do despacho judicial que determinou o afastamento.
A universidade está comprometida com a elucidação dos fatos”