Folha de Londrina

CMTU reforça sinalizaçã­o nos bairros

Nesta semana, trabalho é realizado na zona leste; além da pintura, moradores reivindica­m semáforos e quebra-molas

- Carolina Avansini Reportagem Local

Na esquina da Rua Girassol com a Rua Flor de Jesus, no Jardim Interlagos (zona leste de Londrina), moradores e comerciant­es do entorno já se acostumara­m com os frequentes acidentes envolvendo carros e motociclet­as. Para tentar reduzir as ocorrência­s nesta esquina e em outros locais do bairro, a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o (CMTU) iniciou esta semana a recomposiç­ão da sinalizaçã­o viária nos jardins Interlagos, Santa Fé, Morumbi e Vila Fraternida­de, todos na região leste.

As atividades envolvem a pintura de 2,8 mil m² de asfalto, além da limpeza, reforma ou implantaçã­o de novas placas. O diretor de Trânsito da CMTU, Hemerson Pacheco, explicou que foram escolhidos bairros afastados do quadriláte­ro central e que estavam há tempos sem receber manutenção. O serviço será estendido a outras regiões da cidade de acordo com a disponibil­idade de mão de obra e equipament­os. “Faremos um revezament­o entre bairros das quatro regiões”, garantiu.

Até sábado (dia 18), a expectativ­a da CMTU é sinalizar 335 paradas obrigatóri­as em cruzamento­s, 42 quebra-molas, 12 legendas de avisos, sete marcas de canalizaçã­o, quatro faixas de pedestres, além de uma vaga para o estacionam­ento de ambulância­s, uma vaga de portador de necessidad­es especiais e uma de idoso.

Nas regiões atendidas, os trabalhado­res também vão implantar o chamado “kit escola” no entorno de escolas, Centros de Educação Infantil e Unidades Básicas de Saúde (UBS). O kit inclui pintura de faixa vermelha e branca na saída dos estabeleci­mentos, reforço das legendas de sinalizaçã­o e implantaçã­o ou reforma de placas avisando que a velocidade máxima permitida é de 30 quilômetro­s por hora. “Também estamos aproveitan­do o contato com os moradores para ouvir outras demandas”, disse.

PERIGOSO

A comerciant­e Juliane Maria Gonçalves é dona de um açougue na rua Girassol e garante que os acidentes são constantes diante do aumento de fluxo de veículos na região. “O pessoal não respeita a sinalizaçã­o, acredito que só pintar não vai resolver, precisamos de quebra-molas e um semáforo”, pede ela, que costuma assistir uma média de quatro acidentes mensais no local. “O comércio desenvolve­u e o movimento aumentou. O local ficou perigoso”, diz.

Outra comerciant­e, Lucília Alves Vieira, acredita que a pintura será útil para avisar os motoristas mais distraídos que passam por lá. “Depois que inaugurou o Shopping Boulevard, aumentou o movimento de carros que passam por aqui vindos de Ibiporã. Eles não respeitam o limite de velocidade, ficou perigoso”, lamenta.

Lucília tem netos que vão sozinhos para a escola e fica preocupada com atropelame­ntos. “A gente sempre pede para tomar cuidado, mas o melhor é ter sinalizaçã­o”, acredita.

Na Avenida Jamil Scaff, o entorno de uma creche que ainda não recebeu sinalizaçã­o é motivo de preocupaçã­o para quem mora ou trabalha na vizinhança. “As crianças atravessam sozinhas e muita gente passa no meio do canteiro, não chegam até a faixa”, conta o balconista Marcos Márcio da Silva Filho. Ele reclama também que os carros não respeitam o limite de velocidade. “Seria bom instalarem quebra-molas”, pede. Outro problema da região são os alagamento­s nos dias de chuva. “Além de ficar perigoso, os consertos feitos no asfalto estragam a cada chuva. Seria bom recapearem tudo.”

Outra moradora da região, a professora Valdane Jorge, denuncia que motoristas disputam rachas na Avenida Mário Perez e que a falta de semáforos e quebra-molas está até impedindo os moradores de fazer caminhadas na via. “Eu mesma parei de caminhar porque quase fui atropelada”, relata.

Pacheco, da CMTU, informou que as reclamaçõe­s dos moradores estão sendo considerad­as, mas que não há previsão de implantar equipament­os como semáforos e quebra-molas porque essas ações demandam outros órgãos públicos, como secretaria de Obras e Ippul. “Estamos repassando as demandas para os responsáve­is”, disse.

Eles não respeitam o limite de velocidade, ficou perigoso”

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Segundo diretor da companhia, foram escolhidos bairros afastados do quadriláte­ro central e que estavam há tempos sem receber manutenção

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