Folha de Londrina

Doce sabor da infância

Popular nas festas infantis, a bala de coco ganha versão gourmet enchendo as mesas de cor e diversão

- Marian Trigueiros Reportagem Local

As festas infantis de hoje tornaram-se um verdadeiro evento social que conta com uma decoração impecável de temas e personagen­s famosos. A mesa é um show à parte, composta de bolos que mais parecem uma obra de arte, além de ser regada com dezenas de doces de todas as cores completand­o o cenário. É tanta opção bonita e gostosa que fica difícil escolher, ou melhor, não comer tudo. Apesar desse estilo de festa estar em alta, há quem prefira resgatar aquele tradiciona­l modelo de festinha apenas com bolo, brigadeiro, beijinho e bala de coco. Sim, bala de coco. Ela está de volta e com a bola toda.

Quem não se recorda daquelas mesas enfeitadas com embalagem de franjinhas e a bala de coco dentro? Ao final da festa, era um tal de todo mundo sair com chapeuzinh­o carregado dessas. Se as balinhas já eram gostosas e remetem a um período mágico da infância, imagina trazer isso para a atualidade sem nenhum pretexto a não ser o de comer. Pois bem, com a tendência de gourmetiza­r tudo o que é popular no Brasil, com ela não foi diferente. Neste caso, pode-se dizer que houve um aprimorame­nto que resultou em coisa boa. Tão boa que é difícil se controlar.

Claudia Aviles Correia, confeiteir­a em Londrina, é conhecida por trazer à cidade novas opções da bala de coco tradiciona­l. São chamadas bala de coco gourmet por serem feitas de maneira diferente e, também, terem opções de recheio. Isso mesmo: recheio. Mais macias e amanteigad­as, agora, o sabor do coco se mistura com brigadeiro, beijinho, maracujá, limão, uva, damasco ou nozes. Se você arregalou os olhos só de pensar, espere até comer uma, se conseguir comer apenas uma. Por conta da junção com o recheio, são menos açucaradas, mas continuam derretendo na boca.

Para quem ficou na dúvida, ela explica que existem, basicament­e, dois tipos de bala de coco. A tradiciona­l, que é cozida no fogo e depois passa pelo processo de “puxar”, e a bala de coco gourmet, que é feita por um processo frio. Ambas podem ter recheio ou não. “A bala tradiciona­l é mais difícil de fazer porque é preciso saber o tempo certo dos ingredient­es apurarem e, depois, ter a habilidade em puxar manualment­e a massa para adquirir o ponto de elasticida­de. Feito isso, está pronta para corte ou recheio. Mas também é preciso ficar atento para não passar do tempo e açucarar, ou seja, perder o sabor do coco”, detalha a confeiteir­a.

Já a bala de coco gourmet, que é a nova tendência, é feita com açúcar impalpável (também chamado de confeiteir­o), coco ralado e leite de coco. “Apesar de ser mais simples, também exige uma certa destreza para manusear a massa. Depois de ter adquirido a liga sovando, é só abrir no cilindro, rechear e modelar com as mãos. Se não quiser rechear, basta apenas cortar os pedaços.” Além de um sabor diferente, o recheio confere um visual diferente. “Dependendo da decoração da festa, pode-se acrescenta­r corante de qualquer cor na massa que não interfere em nada no sabor, mas deixa a mesa mais divertida.”

As balas são vendidas por quilo, sendo que 1 quilo tem aproximada­mente 120 balas, variando conforme o recheio. “Como as balas de coco fazem muito sucesso, também oferece opções de embalagens com 300 gramas, para comer no dia a dia mesmo.” Se nas festas infantis as balas voltaram a ser obrigatóri­as, outros tipos de festas e situações estão aderindo como casamentos, aniversári­os adultos e, ainda, lembrancin­has, como nascimento e festas em geral. “Dependendo do evento, os recheios é que mudam. Para os casamentos, há muitos pedidos de nozes, por exemplo, que quebra o açúcar e fica mais requintado.”

 ?? Fotos: Anderson Coelho ?? Mais macias e amanteigad­as, as balas de coco agora são menos açucaradas, mas continuam derretendo na boca
Fotos: Anderson Coelho Mais macias e amanteigad­as, as balas de coco agora são menos açucaradas, mas continuam derretendo na boca

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