O crime não pode vencer a Justiça
Com as investigações se aproximando dos caciques mais influentes do poder político que atualmente nos governa, a Operação Lava Jato está sofrendo investidas ardilosas e estratégicas no sentido de enfraquecê-la, podendo perder a guerra contra a corrupção. O Senado Federal se transformou num bunker de calhordas e velhas raposas políticas que peremptoriamente se utilizam do jogo sujo e rasteiro dos corruptos para frear as investigações. O esperneamento era esperado, pois os criminosos não iriam estender passivamente as mãos às algemas. Renan Calheiros, Romero Jucá e até o sem mandato Sarney articulam um execrável vale-tudo para desmontar a força-tarefa da Lava Jato. A blindagem de Moreira Franco, as nomeações de Edison Lobão e Collor para presidirem importantes comissões no Senado e a indicação de Alexandre Moraes para a Corte Suprema é demonstração inequívoca e explícita de contra-ataque à apuração das falcatruas. Até mesmo o ministro Gilmar Mendes do STF, com a sua confrontação à atuação do juiz Sérgio Moro, está contribuindo para a impunidade se concretizar. Essa podridão moral é de dar nojo e requer intensa repugnância e repulsa dos brasileiros. Vamos manifestar de forma contundente toda a nossa indignação e revolta. Esses corruptos não vão nos colocar de joelhos. Precisamos utilizar a força, que comprovadamente temos nas ruas, para pressionar as autoridades sérias a agirem com determinação contra os criminosos. Nesse momento crítico e decisivo, torna-se imperioso apoiar com veemência a Operação Lava Jato. Também apoiar e cobrar a confiável presidente do STF, Carmem Lúcia, a sua promessa de que o crime não vencerá a Justiça. LUDINEI PICELLI (administrador de empresas)- Londrina