Folha de Londrina

Só não gosta de matemática quem não a conhece

Para professora da UEL, a disciplina precisa ser ensinada de forma acessível e usando metodologi­as diferentes

- Carolina Avansini Reportagem Local

No Brasil, as Olimpíadas Brasileira­s de Matemática para Escolas Públicas (Obmep) buscam identifica­r e incentivar talentos que possam se desenvolve­r na disciplina. A professora Ana Lúcia da Silveira, coordenado­ra do mestrado profission­al em Matemática na Universida­de Estadual de Londrina (UEL) e do projeto que atende na instituiçã­o os alunos medalhista­s da Obmep, afirma que só não gosta de matemática quem não a conhece. “A disciplina precisa ser ensinada de forma acessível”, questiona, lembrando que cada pessoa aprende de maneira única. “As metodologi­as precisam ser diferentes, tem que goste de começar aprendendo pela teoria e outros pela resolução de problemas cotidianos”, exemplific­a.

Tornar a matemática agradável e acessível não é tarefa simples. A professora garante, porém, que é totalmente possível. Iniciativa­s como ensinar robótica ou através de jogos, por exemplo, impõem desafios que exigem conhecimen­to prévio da disciplina. “Para desenvolve­r algo, o aluno vai ter que estudar antes. É uma inspiração para se dedicar à teoria”, diz.

Ana Lúcia lembra que usamos a matemática todos os dias, nas mais diversas situações. “O que garante a segurança de um e-mail, por exemplo, é a criptograf­ia, que depende da matemática. Quem conhece a disciplina também se torna mais capaz de tomar

MUNICÍPIO

A intimidade com os números precisa ser incentivad­a desde a infância para garantir proficiênc­ia na vida adulta. A secretaria de Educação de Londrina, Maria Tereza Moraes, anunciou, no lançamento do Biênio da Matemática, realizado na segunda-feira (20), que o município vai investir na formação de todos os professore­s da rede em Londrina. “O objetivo é ensinar técnicas eficientes de ensino. O biênio traz a oportunida­de de pensarmos sobre isso”, disse.

Para a secretária, trabalhar com os alunos o fim do bloqueio em relação aos números também é fundamenta­l. “As crianças gostam de histórias, de português, mas precisam ser incentivad­as a gostar de matemática”, acredita.

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MArcos ZAnutto “Quem conhece a disciplina também se torna mais capaz de tomar decisões”, afirma Ana Lúcia da Silveira

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