Folha de Londrina

‘Todos deveriam estar felizes’

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Cornélio Procópio -

O diretor presidente da Fundação de Esportes de Cornélio Procópio (Fecop), Carlos Bonfim, afirma que a prefeitura sempre foi favorável para que o jogo ocorresse na cidade. “Negociamos diversas vezes. Tentamos ampliar a capacidade do estádio com arquibanca­das móveis, porém isso não foi autorizado pelos órgãos de fiscalizaç­ão e Ministério Público”, disse, garantindo que há segurança no estádio. “Já foram realizados jogos contra times grandes na cidade, como o Coritiba, e a polícia realizou um planejamen­to satisfatór­io para garantir a integridad­e dos torcedores”.

Entre as dificuldad­es na área de segurança, Bonfim explica que várias exigências de um termo de ajustament­o de conduta ( TAC) firmado com o Corpo de Bombeiros, em 2013, ainda não foram cumpridas. “São reformas importante­s, que deveriam ter sido iniciadas há muito tempo, como abrir mais um portão de saída de emergência, portões radiais no gramado, rampa para visitante. Este ano fizemos reparos emergencia­is na iluminação, entre outros, mas não houve tempo hábil para executar todo o projeto”, explica.

Segundo Bonfim, a prefeitura deseja regulariza­r o TAC até julho de 2017. Com a reforma, a capacidade de público do estádio procopense deve subir dos atuais 2.228 para 2.700 pessoas.

TENSÃO

O gerente de Futebol do PSTC, Renato David, acredita que a polêmica está sendo criada na internet por um grupo de torcedores que não representa a maioria. “Eu quero acreditar que a cidade está em festa conosco, pois apesar de tudo é nome de Cornélio que estará sendo divulgado em rede nacional na televisão. Todos deveriam estar muito felizes por termos chegado tão longe.”

Sobre o protesto do último domingo, o gerente diz que o clima de tensão refletiu no jogo. “Jogamos melhor que o Paraná Clube, porém, o protesto mexeu com o psicológic­o dos jogadores. Acredito que foi uma das causas para termos perdido a partida. Ficamos realmente muito tristes com o que aconteceu”, lamenta.

Ele afirma que a decisão inicial em mandar o jogo para a Arena Pantanal ocorreu por questões de segurança. “Todos nós do PSTC queríamos muito que o jogo fosse no Estádio Ubirajara Medeiros, mas infelizmen­te a cidade não possui a estrutura necessária para receber um evento de grande porte”, explicou, ao ser entrevista­do antes da decisão da CBF de barrar o jogo em Cuiabá, justamente por causa de laudos de segurança.

A questão financeira também não é ignorada pelo time. A Arena Pantanal possui capacidade para 40 mil espectador­es. “O mandante tem 40% da renda líquida, para nós seria de grande ajuda, pois manter um time de futebol atualmente é muito caro. Gastamos R$ 1,5 milhão para subir para a Primeira Divisão do Campeonato Paranaense. Ainda temos R$ 400 mil em dívidas adquiridas do ano passado”.

(R.P.)

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