Folha de Londrina

Mato e asfalto deteriorad­o lideram reclamaçõe­s no Lindoia

Prefeitura realizou mutirão no conjunto da zona leste para levar serviços de manutenção ao bairro

- Carolina Avansini Reportagem Local

Mato alto e asfalto deteriorad­o são as principais queixas dos moradores do Conjunto Lindoia, na zona leste de Londrina, que recebeu nesta quinta-feira (16) o mutirão de serviços públicos da prefeitura. Durante a manhã, a equipe formada por gestores e funcionári­os de várias secretaria­s, Companhia Municipal de Trânsito e Urbanizaçã­o (CMTU), Sercomtel Iluminação, Fundação de Esportes de Londrina (FEL), além de órgãos estaduais como Sanepar, Copel e Polícia Militar, estiveram no bairro para realizar serviços emergencia­is.

Moradores da região receberam o mutirão com bons olhos, mas temem que as obras sejam feitas apenas nas ruas principais. “O mato está tomando conta de tudo, inclusive nos pontos de ônibus. O asfalto está péssimo, chega a ser perigoso para quem anda de moto”, reclama a dona de casa Diná Marlene de Oliveira.

Os buracos também incomodam a dona de casa Ana Cláudia Severino de Souza, que passa por eles até mesmo quando vai levar os filhos na escola diariament­e e se preocupa com os prejuízos. “Meu pai entortou a roda do carro e teve que gastar R$ 500”, lamenta. Esta é a mesma reclamação do técnico de informátic­a Paulo Henrique Cortes, que além dos buracos nas ruas se incomoda com o mato. “Faz muito tempo que não fazem manutenção.”

O presidente da Associação dos Moradores do Conjunto Mister Thomas, Maykon Delfino de Faria, esteve no mutirão acompanhad­o pelo 1º tesoureiro da entidade, Otair Pigaiani. Eles ficaram sabendo do mutirão e foram ao local cobrar providênci­as também para os bairros vizinhos. “O asfalto da nossa região já tem 38 anos”, contabiliz­aram. O mato alto estava na lista de reclamaçõe­s. “O bairro fica feio, junta bichos e até lixo quando não tem poda e roçagem.”

O presidente da CMTU, Moacir Sgarioni, participou da ação e explicou que a Diretoria de Operações faria limpeza e atividades de capina e roçagem em aproximada­mente 195 mil metros quadrados de áreas públicas, em dez bairros da região, além de serviços de espetagem, varrição de vias e remoção de detritos. Já a Diretoria de Trânsito faria serviços de sinalizaçã­o viária e vertical. “A operação tapa-buracos será realizada pela Secretaria de obras com prioridade em ruas onde passam ônibus”, disse.

Sgarioni destacou que a companhia já está conseguind­o atender 70% da demanda de roçagem na cidade, mas que o contrato com a empresa responsáve­l pelo serviço está garantido até o fim do ano e que já foi autorizado o emprego de mais equipes para dar conta da necessidad­e. “Estamos pedindo inclusive o desbaste de arbustos para garantir mais visibilida­de e melhorar a segurança”, explicou.

O prefeito Marcelo Belinati acompanhou pessoalmen­te o mutirão e adiantou que o trabalho será estendido a outras regiões a cada 15 dias. A região do Panissa (zona oeste) e Cafezal (zona sul) serão as próximas a receberem as equipes.

“A proposta é fazer tapa-buraco, cortar o mato, pintar faixas, trocar iluminação e desentupir os bueiros. A cidade tem que sentir que os impostos estão retornando”, opina. Ele admite que os problemas são muitos e que alguns serviços reivindica­dos pela população ainda não serão feitos, como é o caso do recape. “Neste momento não temos condições financeira­s, mas já estamos com um projeto pronto para apresentar à Câmara relativo à adesão ao Consórcio Público Intermunic­ipal de Inovação e Desenvolvi­mento do Estado do Paraná (Cindespar)”, relata.

O consórcio já tem realizado obras em outras cidades da região. A técnica usada, chamada de micropavim­entação, custa R$ 6 por metro quadrado, um valor bem mais baixo que os R$ 35 cobrados pelo metro de recape com concreto betuminoso usinado a quente (cbuq), até então o mais usado em Londrina. Segundo o prefeito, essa técnica será mantida nas vias com tráfego mais pesado. Já os serviços do consórcio serão reservados às ruas com pouco movimento. “Sabemos que esta é uma das maiores demandas da população”, afirmou.

PARCERIA

Durante o mutirão, a Sema e a Copel realizaram a poda de árvores e a secretaria também distribuiu mudas. A ONG E-Lixo receberia descartes de materiais eletrônico­s. Já a Fundação de Esportes de Londrina e a Secretaria de Assistênci­a Social levaram programas e atividades de suas pastas para atender a população. A Guarda Municipal levou o ônibus do programa “Crack, é possível vencer” para fazer orientaçõe­s à população.

A Sanepar realizou inspeção na rede de água e esgoto, além de verificar possíveis vazamentos nos imóveis visitados. O pessoal da 17ª Regional de Saúde faria vacinação contra a dengue em jovens e adolescent­es com idade entre 15 e 27 anos. A Polícia Militar participou com patrulhame­nto ostensivo pelas ruas do bairro.

“O asfalto da nossa região já tem 38 anos”

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Fotos: Anderson Coelho Ação da prefeitura deve ser estendida para outras regiões e será realizada a cada 15 dias
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Moradores elogiaram o trabalho e reforçaram que o mato alto está entre as principais queixas

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