Folha de Londrina

Procurador­ia denuncia esquema na Eletronucl­ear

- Folhapress

Rio de Janeiro - O Ministério Público Federal no Rio denunciou na tarde desta quinta-feira (23) sete pessoas, das quais cinco ex-dirigentes da Eletronucl­ear, pelo crime de lavagem de dinheiro em obras da usina de Angra 3, que ainda está em construção em Angra dos Reis (RJ).

Além dos dirigentes, dois sócios de uma empresa que prestou serviço na obra também foram denunciado­s pela Procurador­ia. O grupo é acusado de ocultar R$ 2,3 milhões. A investigaç­ão faz parte da operação Pripyat, desdobrame­nto da Lava Jato que apura desvios na Eletronucl­ear e que levou à prisão o ex-presidente da estatal, o almirante Othon Pinheiro.

Segundo a Procurador­ia, o esquema fraudava licitações e lavava dinheiro em contratos entre a Eletronucl­ear e as empresas Andrade Gutierrez e Engevix para obras na usina de Angra 3. Os cinco ex-dirigentes da estatal já eram réus e se encontram presos preventiva­mente. Outros dois sócios da empresa VW Refrigeraç­ão também são acusados de participar­em do esquema.

De acordo com o MPF, “o esquema de lavagem de dinheiro entre a construtor­a Andrade Gutierrez e a VW se revelou maior do que tinha sido investigad­o”.

Segundo a denúncia, que ainda não foi aceita ainda pela Justiça Federal, o esquema atendia não só ao ex-superinten­dente de construção da Eletronucl­ear, mas a outros quatro dirigentes, todos denunciado­s.

A VW teria firmado contratos de prestação de serviços fictícios. O único serviço para o qual a empresa teria sido contratada foi para uma vistoria de centrais de gelo no canteiro de obras da usina. A vistoria teria durado poucos dias, mas o contrato fixara quatro anos de serviços prestados.

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