Experiência de consumo diferenciado é um atrativo
Pensando na economia colaborativa, isto é, em ter uma divisão de custos, redução de riscos e compartilhamento de expertises, o professor em Governança e Sustentabilidade do Isae/FGV Escola de Negócios, Ricardo Pimentel, diz que essa prática não é nova, mas ressalta que vem crescendo nos últimos anos. “É uma forte tendência”, pontua.
Ele avalia que o modelo colaborativo está mudando a forma das pessoas olharem para os negócios e com isso, a experiência do consumidor merece destaque, justamente pelo resgate daquilo que é mais significativo na vida das pessoas.
“Isso vai se revelando à medida que essa ideia do compartilhamento vai ganhando mais legitimidade na sociedade. Há cerca de uma década, passamos a valorizar mais essa busca da simplicidade, da satisfação e bem-estar. Esse modelo vai justamente a esse encontro, porque ele possibilita essa experiência de consumo diferenciada e ao empreendedor, de realizar coisas em que acredita”, reflete.
Ainda de acordo com Pi- mentel, entre os mais jovens, o trabalhar coletivamente já está incorporado na forma de pensar. “Eles estão se juntando não simplesmente porque é legal, como se estivessem na onda de um movimento, mas porque essa é a forma que eles enxergam o mundo, e que de fato, está fazendo toda a diferença”, conclui.
“Estamos vivendo uma era do novo consumo, com valorização daquilo que se produz aqui. E nós temos também uma parcela de responsabilidade em fazer a economia da cidade girar. Por exemplo, nossos fornecedores são todos de Londrina e região”, afirma Guilherme Andrade, diretor criativo da Madre Cortes.
Andrade comenta ainda que o público ganha mais com um atendimento personalizado. “Como somos nós que produzimos, podemos desenvolver um produto de acordo com a necessidade do cliente. É a exclusividade”, completa.
Andrade é idealizador do Estudio Cosmo, um ateliê coletivo, juntamente com a arquiteta Gabriella Martins, da Magnolia Arquitetura Floral. O espaço foi aberto em junho do ano passado, para elaboração, criação, produção e comércio de sete marcas locais.
“Ter um espaço físico formaliza o negócio, mas o Estudio tem a proposta de ser uma ‘loja viva’, com os ambientes em constante transformação e um convívio de um lar mesmo. Somos um grupo de amigos que se uniram para um negócio, trocando experiências e recebendo quem vem nos visitar, seja para conhecer os produtos ou bater um papo, tomar um café”, conclui Gabriella.
(M.O.)