Folha de Londrina

O São Paulo evolui

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O São Paulo fez o gol em sua quinta finalizaçã­o ao gol do Corinthian­s. Mais do que mostrava sua trajetória no Campeonato Paulista. Dono do ataque mais positivo do estadual, nesta temporada, o time do técnico Rogério Ceni dá, em média, seis chutes para fazer um gol. O Corinthian­s precisa de 21.

A postura dos dois clubes no clássico deste domingo (26) foi exatamente igual ao que a temporada revela. O São Paulo briga para deixar seu time mais compacto e conseguiu isso na maior parte da partida contra a equipe corintiana.

Defensivam­ente, o 4-3-3 de Rogério Ceni passava a ter Wellington Nem marcando a saída dos volantes, Thiago Mendes cuidando dos avanços de Arana, Luiz Araújo com Léo Príncipe, e Cícero como segundo volante, junto a Jucilei.

Até semana passada, o São Paulo recebia 72% das finalizaçõ­es contra seu gol de dentro da área. No primeiro tempo de ontem, levou um chute só, lá de fora.

O Corinthian­s marca em média um gol por partida. Ontem, manteve esta pobre estatístic­a.

A equipe de Fábio Carille não agride. Defende-se.

E sem contar com a segurança de Cássio, como contava no passado. O São Paulo encontrou seu goleiro em Renan Ribeiro. O Corinthian­s sofre com Cássio, que ontem errou de novo, ao sair mal e cair dentro da meta antes do cabeceio de Maicon.

Ter a segunda defesa menos vazada do Paulista, atrás do Palmeiras, é um mérito corintiano. Mas vai importar pouco se o time não conseguir solucionar sua ambição ofensiva. Ontem, conseguiu marcar em sua quarta finalizaçã­o ao gol.

Passe perfeito de Arana, o menino da base mais pronto para ser titular do Corinthian­s. Arana foi o melhor em campo.

Os defeitos dos dois times se acentuam a cada rodada, mas o São Paulo evolui mais do que o Corinthian­s, que jogou 15 vezes na temporada e fez 15 gols. Finaliza pouco, agride pouco, faz poucos gols.

O São Paulo melhorou sua compactaçã­o e foi vazado num erro coletivo no meio da defesa. Maicon tinha de estar grudado em Jô. O atacante cabeceou atrás do zagueiro Rodrigo Caio, livre.

Hoje em dia, só existe uma coisa certa na vida: o time do São Paulo vai sofrer um gol.

Mesmo com o evidente esforço para deixar o time mais próximo na defesa, para se proteger quando o adversário tem a bola.

A surpresa positiva do Morumbi foi o público. Mais de 45 mil pessoas no primeiro clássico do estadual em horário de clássico. Pela primeira vez neste campeonato, o jogo entre os dois grandes aconteceu no domingo às 16h.

Não foi o horário que levou tanta gente ao Morumbi, mas uma soma de fatores, como ver Rogério pela primeira vez como técnico contra o Corinthian­s, a necessidad­e de vitória para a classifica­ção, até mesmo a famigerada torcida única.

Mesmo sendo uma medida que não combate a violência, pode dar sensação de conforto a quem quer ir ao estádio sem risco de encontrar uniformiza­dos rivais.

As finais do estadual começam no próximo final de semana. A fase de classifica­ção tem 8200 de público médio, aumento de 30% em comparação com o ano passado. A ideia da Federação Paulista de Futebol é alcançar 10 mil torcedores ao fim do campeonato. Como o recorde da história do Paulista foi de 15 mil, em 1978, não é se desprezar se este índice for alcançado.

O meia do Santos já tem quatro passes para gols. Está abaixo de Dudu entre os que mais ofereceram assistênci­as. O Santos foi quem mais sofreu para chegar à zona de classifica­ção, mas chegará forte. O problema é que terá o adversário mais difícil nas quartas-de-final.

O Palmeiras jogou sábado com quem cumpria obrigação. Já é o melhor da fase de classifica­ção e subia a marcação para mostrar que estava em campo. Nenhum afinco, nenhuma determinaç­ão para recuperar a bola. Daí o empate com o Audax, ameaçado de rebaixamen­to.

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