Seis horas: o interfone vai tocar ou a porta vai cair
O que se assiste nas manhãs, tardes e noites na televisão brasileira retrata uma parte dos bastidores do poder político, empresarial e econômico do Brasil. A desfaçatez dos homens e mulheres, desse e daquele partido político, era e é tão grande e absurda, que alegam e vão continuar alegando absoluta inocência a respeito das delações, que estão sendo reveladas, e que tudo era devidamente declarado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); e mais, alguns estão até dizendo que não conheciam e nunca tiveram contato com qualquer executivo da empresa que é citada com a patrocinadora desse esquema criminoso e violento contra a nação brasileira. Essas delações são as informações dos indivíduos que entravam e saíam dos gabinetes, com as credenciais e o aval da construtora Odebrecht, fundada em 1944, acertando e definindo valores que seriam enviados às contas bancárias no exterior ou a quem seriam repassadas as notas de dinheiro “vivo” que não eram contabilizadas na via formal.
A Odebrecht é uma das empresas que está revelando sua estratégia inescrupulosa de obtenção de vantagem indevida em contratos bilionários com o poder público, pois, sem dúvida, outras empresas também adotavam esta artimanha para conseguir/fechar contratos dessa ordem, cujo faturamento era superestimado, inclusive com a previsão espúria da propina. Nesse esquema, os empresários e os políticos bandidos, alguns intermediários velhacos e também bandidos, tramavam as suas ações criminosas em jantares e reuniões regados a bebidas fermentadas e/ou destiladas nos caldeirões da imundícia e da podridão. Nesses eventos armavam contra e gargalhavam de todos os brasileiros que só desejam ordem e progresso para todos. Trocavam apertos de mão e apalavravam seus acordos indecentes com a mais bastarda petulância de usarem os mandatos ou cargos comissionados para usurpar e roubar dinheiro público e/ou vender influência, com isso superfaturando contratos e desviando dinheiro das políticas públicas primárias. Temos que ficar indignados com tudo isso e com tudo que não foi revelado ainda e nem será. Mas temos que atacar com o nosso voto nas próximas eleições, dando um soco na cara de político pilantra que se candidatar a qualquer cargo público. Como queria ser designado para realizar a prisão de alguns desses bandidos citados nas delações. Chegar de manhã ou a qualquer hora e declamar, discursar ou quase proclamar a voz de prisão e algemá-los, colocandoos no camburão da viatura policial. É claro que há o devido processo legal, e que todos têm o direito de se defenderem. Que se defendam, então, e que sejam penalizados com rigor aqueles ou aquelas que forem considerados culpados. Que todas as “vossas excelências” culpadas pela pilantragem e pelas maracutaias sejam encarceradas, como já estão algumas. Parabéns às instituições brasileiras. Avante Brasil.
Temos que atacar com o nosso voto nas próximas eleições, dando um soco na cara de político pilantra que se candidatar a qualquer cargo público