Folha de Londrina

Doença afeta um a cada 20 mil meninos

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A hemofilia acomete um a cada 20 mil meninos, sendo uma doença raríssima em mulheres. A doença é congênita e hereditári­a e pode ser do tipo A, quando há deficiênci­a no fator 8 de coagulação, ou do tipo B, quando a deficiênci­a é observada no fator 9 de coagulação. Fator de coagulação é a proteína responsáve­l pela coagulação sanguínea. Nos dois tipos, a patologia pode se apresentar em três níveis de intensidad­e, leve, moderada e grave, sendo as hemofilias moderadas e graves os casos mais sérios da doença que determinam a necessidad­e de reposição do fator deficiente.

“A transmissã­o da hemofilia é feita pelo cromossomo sexual, que é o X. Os homens são XY, então um único cromossomo afetado vai ocasionar a hemofilia. A mulher é XX, um único X afetado não vai causar a doença por isso são raríssimos os casos de mulheres hemofílica­s”, explicou o médico hematologi­sta e hemoterape­uta e coordenado­r do Hemocentro do Hospital Universitá­rio em Londrina, Fausto Celso Trigo.

A doença se manifesta logo no início da vida, mas geralmente os sintomas começam a ser percebidos pelos pais quando a criança começa a engatinhar, fazendo pressão sobre as articulaçõ­es dos joelhos e cotovelos, gerando as hermatrose­s, que são sangrament­os nas articulaçõ­es, causando inchaço e dor. Hematomas gigantes na área onde ocorreram os traumas também são comuns, segundo o médico.

Não há cura para a hemofilia e os casos moderados e graves são tratados com a reposição de hemoderiva­dos, que são os fatores de coagulação liofilizad­os produzidos pela indústria a partir de plasma humano.

(S.S.)

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