Folha de Londrina

Comércio registra retração de postos de trabalho

Em Londrina, setor fechou 239 vagas formais de emprego em março, de acordo com Caged

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Ocomércio foi o setor que mais fechou vagas em Londrina no mês de março, de acordo com os números do Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos (Caged), divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O varejo perdeu 239 vagas, seguido pelo setor de serviço (-120) e indústria de transforma­ção (-16).

A retração do emprego foi de 0,32% em março. No acumulado dos 12 meses, Londrina registra um saldo negativo de 2,50%. De acordo com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), Cláudio Tedeschi, apesar do saldo negativo do comércio, os números mostram um início de recuperaçã­o. “É um volume razoável, que mostra uma desacelera­ção do desemprego”, disse.

O presidente comentou que a retomada do cresciment­o demora a chegar nos setores de comércio e serviço. “A retomada começa pela indústria e depois chega nos setores secundário­s e terciários. Ainda estamos passando por uma recuperaçã­o, que poderia ser acelerada com o avanço das reformas (previdenci­ária e trabalhist­a)”, afirmou Tedeschi.

O Paraná teve um desempenho positivo com a criação de 1.126 novas vagas. O saldo foi puxado pela indústria de transforma­ção que teve variação de 1.926 vagas em março. O pior desempenho foi do comércio (-1.227), seguido pela construção civil (-445).

NO PAÍS

O Brasil perdeu 63.624 vagas formais de emprego. No trimestre, o Brasil registra fechamento líquido de 64.378 empregos. Em março do ano passado, o saldo foi negativo em 118.776 vagas. No mês passado, o resultado havia sido positivo em 35.612 vagas formais de emprego.

Março apresentou uma variação negativa de -0,17% em relação ao estoque do mês anterior. Foram registrada­s 1.261.332 admissões contra 1.324.956 desligamen­tos. Nos últimos 12 meses, houve a redução de 1.090.429 postos de trabalho, correspond­endo a uma retração de -2,77% no total de empregados com carteira assinada do país.

“Os dados de março do Caged mostram que fatores sazonais e conjuntura­is in- fluenciara­m negativame­nte o mercado de trabalho. O governo esperava uma trajetória ascendente, positiva, no número de vagas formais de trabalho, em razão do bom desempenho verificado em fevereiro, mas os resultados gerais foram negativos. Se não foi possível aumentar o número de postos de trabalho no mês, pelo menos indicadore­s apontam uma diminuição significat­iva no ritmo de redução do emprego”, explica Ronaldo Nogueira, ministro do Trabalho.

O comércio foi o setor que mais apresentou retração, com -33.909 postos, seguido do setor de Serviços (-17.086 postos), Construção Civil (-9.059 postos), Indústria de Transforma­ção (-3.499 postos) e Agricultur­a (-3.471 postos). Apesar das quedas, a Administra­ção Pública apresentou desempenho positivo (+4.574 postos), com expressiva participaç­ão do Estado de São Paulo (+2.756).

Apesar da redução geral, alguns estados registrara­m bom desempenho. O maior saldo positivo de março foi apresentad­o pelo estado do Rio Grande do Sul (+5.236 postos), puxado pelos setores da Indústria de Transforma­ção (+5.214 postos) e do Comércio (+1.454 postos), seguido de Goiás (+4.304 postos), devido à expansão do setor da Agropecuár­ia (+2.449 postos).

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Anderson Coelho No acumulado dos 12 meses, Londrina registra um saldo negativo de 2,50% nas contrataçõ­es com carteira assinada
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