Folha de Londrina

EM MOVIMENTO

Modalidade de dança, o pole dance tonifica o corpo, melhora a flexibilid­ade e aumenta a autoestima

- ÉRIKA GONÇALVES REPORTAGEM LOCAL

Especialis­tas indicam bons motivos para manter a atividade física e a alimentaçã­o equilibrad­a no outonoinve­rno. Modalidade­s diferentes, como o pole dance, podem ser incentivo para acabar com o sedentaris­mo

Além de fazer bem para a saúde física, praticar exercícios também é um santo remédio para a mente. Mas e quando a preguiça fala mais alto e nada parece nos tirar do sofá? Conhecer exercícios “disfarçado­s” pode ser uma boa alternativ­a para acabar com o sedentaris­mo.

A estudante de Arquitetur­a e Urbanismo Fernanda Ayumi Fugivala conheceu o pole dance através de uma amiga, que marcou uma aula experiment­al. “Eu fui acompanhá-la e nunca mais parei. E o mais curioso é que ela nem chegou a fazer a aula, teve um contratemp­o e não apareceu, nem naquele dia nem em outro. Gosto de atividades físicas que nos levam ao extremo, e acho que o pole dance é exatamente isso, ele mexe bastante com o nosso corpo”, diz.

Fernanda conta que já havia praticado judô durante alguns anos, depois teve que parar por falta de tempo e não voltou mais. Quando decidiu voltar a praticar algum exercício físico, conheceu o pole dance e se apaixonou. Dois anos e meio depois, ela conta que sente o corpo mais tonificado, os músculos mais definidos, ganhou consciênci­a corporal e mais força.

A estudante afirma que substituiu a gordura corporal por massa magra e embora não tenha perdido peso, suas medidas mudaram, pois seu corpo ganhou novos contornos. “Fiz tudo isso sem tomar suplemento­s, apenas com os exercícios. Eu tenho mais disposição e minha autoestima também melhorou muito. Quando cheguei para fazer aula, via aquelas mulheres lindas, fiquei morrendo de vergonha porque sou muito tímida, mas hoje já me sinto como as via”, conta.

Fernanda afirma que o pole dance mexe com várias partes do corpo e se dedica ao esporte três vezes na semana, sendo duas delas na escola e uma em casa. Orgulhosa de suas conquistas, frequentem­ente posta fotos nas redes sociais. “As fotos chamam a atenção. As pessoas acham interessan­te. Para mim é um esporte, algo que levo muito a sério. Gina Mardones Minha irmã e meu irmão começaram a fazer também. Acho que é um exercício que se adapta a todos os estilos de vida, para todas as pessoas, de todas as idades, todos os tipos de corpos”, finaliza.

MODALIDADE ANTIGA

Apesar da atividade ter ganhado destaque com a atriz Flávia Alessandra em uma novela, Neyva de Oliveira, da A2 Escola de Dança, explica que a modalidade de dança é antiga e são realizadas competiçõe­s há mais de 20 anos. “Pode dance significa ‘dança no mastro’, podendo ser usados diversos tipos de música. Existem dois tipos de campeonato­s, um de pole art, onde se usam roupas específica­s, salto alto, interpreta­ção e outra de figuras e exercícios que devem ser executados.”

É preciso acordar a mente, ganhar consciênci­a corporal. Cada movimento é uma conquista e muito comemorada pelas alunas” Em cada aula o gasto energético é de aproximada­mente 500 calorias, o que irá variar de acordo com a dedicação do aluno”

Com diversas turmas formadas majoritari­amente por mulheres, ela conta que as alunas chegam buscando um exercício diferente daqueles oferecidos nas academias. Como resultado perdem peso, ganham autoconfia­nça e melhoram a autoestima. Também ganham mais flexibilid­ade e tonificaçã­o dos músculos, sem ficar com aquele aspecto muito musculoso.

“Em cada aula o gasto energético é de aproximada­mente 500 calorias, o que irá variar de acordo com a dedicação do aluno. São duas aulas por semana, com uma hora de duração, e os resultados aparecem entre um e dois meses. Para conseguir executar um movimento cada um vai levar um tempo diferente, mas antes temos uma base, que é uma parte mais demorada porque é preciso acordar a mente, ganhar consciênci­a corporal. Cada movimento é uma conquista e muito comemorada pelas alunas”, explica.

O pole dance é indicado a partir dos 7 anos de idade e para praticá-lo a pessoa não pode estar com bursite nem sofrer da Síndrome do Desfiladei­ro, que pode causar fraqueza nos braços, dor e formigamen­to nos dedos das mãos.

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 ?? Gustavo Carneiro ?? “Quando cheguei para fazer aula, via aquelas mulheres lindas, fiquei morrendo de vergonha porque sou muito tímida, mas hoje já me sinto como as via”, diz a estudante Fernanda Fugivala, que pratica pole dance há dois anos e meio
Gustavo Carneiro “Quando cheguei para fazer aula, via aquelas mulheres lindas, fiquei morrendo de vergonha porque sou muito tímida, mas hoje já me sinto como as via”, diz a estudante Fernanda Fugivala, que pratica pole dance há dois anos e meio

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