Após atentado, França reforça segurança para eleição
O governo da França anunciou que suas forças de segurança foram completamente mobilizadas para o primeiro turno da eleição presidencial, marcado para este domingo (23). “Nada deve poder impedir o processo democrático fundamental do nosso país”, disse o primeiro-ministro Bernard Cazeneuve após uma reunião de emergência de seu gabinete.
As autoridades francesas têm tratado o ataque contra as forças de segurança como um ato de “natureza terrorista”. O país está em estado de emergência desde novembro de 2015, quando a facção radical EI (Estado Islâmico) coordenou ataques que deixaram 130 mortos na capital francesa. O atirador que matou um policial e feriu duas pessoas na quintafeira (20) na Champs-Élysées, uma das regiões icônicas da capital, havia sido detido temporariamente em fevereiro por fazer ameaçar à polícia, informou nesta sexta (21) a agência de notícias “Associated Press”.
O atirador foi morto no local. Em seu carro, foram encontrados um rifle e facas. De acordo com a agência de notícias “France Presse”, uma carta em defesa do EI foi encontrado próximo ao corpo do atirador. A milícia reivindicou a autoria do ataque, mas não há confirmação de envolvimento direto dela no incidente. As autoridades identificaram o atirador como Karim Cheurfi, um cidadão francês de 39 anos com histórico criminal.
CAMPANHA
O ataque no centro de Paris lançou incertezas sobre a corrida presidencial da França, que está em sua reta final.
Da meia-noite de sábado (22) até o encerramento das urnas no domingo, estará proibido fazer campanha ou publicar pesquisas de intenção de voto. O segundo turno da eleição ocorrerá em 7 de maio. Os principais candidatos à Presidência fizeram declarações sobre o atentado em Paris e cancelaram eventos de campanha que fariam durante o dia.