Folha de Londrina

Justiça inocenta acusados por desabament­o de prédio

- Folhapress

Rio - A Justiça do Rio inocentou por falta de provas dois acusados do desabament­o do Edifício Liberdade, no centro da cidade, em janeiro de 2012. Na ocasião, o prédio de 20 andares, próximo ao Theatro Municipal, desabou, levando ao colapso outros dois edifícios. Ao todo, 16 pessoas morreram e outras cinco ficaram desapareci­das.

Segundo o Ministério Público, o desabament­o ocorreu devido a obras irregulare­s da empresa T.O. Tecnologia Organizaci­onal no nono andar do prédio. Pilares de sustentaçã­o teriam sido retirados e teriam sido a causa do desabament­o.

O Ministério Público denunciou Sérgio Alves de Oliveira e Cristiane do Carmo de Azevedo, respectiva­mente sócio majoritári­o e administra­dora da empresa, pelo desabament­o. Eles tornaram-se réus em janeiro de 2013.

No início deste mês, ao avaliarem recurso interposto pelos réus, desembarga­dores da 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio inocentara­m os acusados por falta de provas.

Os magistrado­s entenderam que não ficou comprovado que as obras que a empresa fazia foram a causa da queda. Existiriam outros fatores, como o um acréscimo de andares feito no passado e um problema estrutural decorrente de obras do metrô nos anos 1970.

À época do desabament­o, reportagem mostrou que a falta da planta original nos arquivos da prefeitura poderia prejudicar a apuração sobre o desabament­o. O que estava arquivado era somente a chamada planta arquitetôn­ica, sem dados sobre a estrutura do prédio.

Cabe recurso à decisão. Em nota, o Ministério Público disse que não irá recorrer, mas não descartou que familiares de vítimas o façam.

À época do recebiment­o da denúncia, o órgão acusou ainda quatro pedreiros da obra, mas que tiveram denúncia negada pela Justiça.

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