‘Greve geral’ fez barulho, mas não parou o País
João Dória Jr, prefeito de São Paulo, que já estava no trabalho quando a CUT chegou para impedir sua saída de casa
Já no início da manhã desta sexta (28) o Palácio do Planalto celebrava o fiasco da “greve geral” convocada por sindicalistas ligados à CUT, braço sindical do PT. Protestos foram realizados, mas o País não parou, segundo avaliação do sistema de monitoramento do Palácio do Planalto. Os sindicalistas se dividiram em pequenos grupos, para ações pontuais, insuficientes para tornar realidade a prometida “greve geral”.
Agressões covardes
Mas houve conflitos com a sociedade. Com o fiasco, sindicalistas passaram a agredir pessoas no trânsito que não conseguiam bloquear.
Passageiros espancados
No aeroporto Santos Dumont, no Rio, bandidos com bonés e camisetas da CUT espancaram passageiros na fila do check-in e para pegar táxi.
Pobres sofreram
Um êxito da greve foi no transporte público de algumas cidades, onde os mais pobres não puderam exercer o direito de ir e vir.
Omissão criminosa
Profissionais de unidades públicas de saúde também negaram socorro a doentes, de maioria pobre, sem plano de saúde ou médico particular.
MPF preocupado com ‘pulverização’ da Lava Jato
Chamou a atenção do Ministério Público Federal a aprovação do fim do foro privilegiado por unanimidade, no Senado. Depois, deu para entender os 75 a 0: os atuais investigados e réus na Lava Jato ganham infinitas opções de recursos. Além disso, até para não sobrecarregar o juiz Sérgio Moro, há a possibilidade, prevista em lei, de pulverizar os processos para juízes dos Estados “onde os crimes foram cometidos”.
Somos todos Moro
A Associação dos Juízes Federais (Ajufe) já demonstrou que não há apenas um Sérgio Moro, mas um “exército” deles em todo o País.
Ineditismo
Nenhuma das votações nominais realizadas pelo Senado este ano teve quórum tão alto de senadores quanto a PEC do fim do foro privilegiado.
Encafifado
O relator Randolfe Rodrigues ficou encafifado: Renan Calheiros votou, como ele, pelo fim do foro. “É orar e vigiar”, diz o senador da Rede-AP.
Reforma segue
Protestos contra Dilma levaram às ruas milhões contra o governo. Um mês depois ela estava na rua. O fiasco da “greve geral”, ao contrário, deu força à reforma da previdência, avalia o Palácio do Planalto.
Governo das empreiteiras
No protesto de em Brasília, sindicalistas do PT gritavam ao microfone pela “revolução socialista” para “derrubar o governo das empreiteiras”. O problema é que o governo do PT, das empreiteiras, já caiu.
Aliança do mal
Os atos de terror que incendiaram nove ônibus e várias lojas, no Rio, pode ter sido produto da retomada de uma velha aliança de ativistas da esquerda-caviar com o crime organizado que controla favelas.