Folha de Londrina

Número de desemprega­dos ultrapassa os 14 milhões

Taxa de desocupaçã­o alcançou os 13,75% no trimestre; é o nível mais baixo de carteira assinada desde 2012

- Aline Machado Parodi Reportagem Local

Ataxa de desemprego brasileira alcançou o patamar recorde de 13,75% no primeiro trimestre desde ano. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (Pnad-Contínua), divulgada nesta sexta-feira (28), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), o país tem 14,2 milhões de desemprega­dos. O maior número de pessoas desocupada­s da série histórica que iniciou em 2012.

Os dados do mercado de trabalho não refletem ainda qualquer sinal de recuperaçã­o da atividade econômica, afirmou Cimar Azeredo, coordenado­r de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

Segundo ele, o resultado mais preocupant­e da divulgação é a extinção contínua de vagas formais. “Sem dúvida a notícia mais impactante é termos chegado ao nível mais baixo da carteira de trabalho desde 2012, quando a pesquisa começou. Não é para se comemorar de forma alguma”, disse.

Desde o primeiro trimestre de 2014, o Brasil já perdeu 3 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, segundo dados da Pnad Contínua. Como consequênc­ia, o total de trabalhado­res com carteira assinada no setor privado encolheu a 33,406 milhões de pessoas, o patamar mais baixo de toda a série histórica.

Apenas no primeiro trimestre do ano, 599 mil vagas formais foram extintas, em relação ao último trimestre de 2016. Na comparação com um ano antes, 1,225 milhão de empregos formais foram eliminados, o equivalent­e a 70% de todos os postos de trabalho fechados em todo o País no período.

NOPARANÁ

O IBGE deve divulgar a taxa por Estado na segunda quinzena de maio e a expectativ­a é que o Paraná apresente um desempenho melhor do que o Brasil. No último trimestre de 2016, a taxa de desemprego estava em 8,1%, abaixo da média nacional, que fechou em 12%.

O presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvi­mento Econômico e Social (Ipardes), Júlio Suzuki, afirma que a taxa estadual vinha numa queda gradativa no ano passado. “Analisando os dados do Caged (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), percebe-se que o Paraná, nos últimos três meses vem com saldo positivo na geração formal de emprego. A nossa expectativ­a é que os dados por unidade da federação da Pnda confirmem essa ascensão do emprego no Estado”, disse.

O Caged referente ao mês de março, divulgado na semana passada, mostrou a criação de 1.126 novas vagas no Paraná. O saldo positivo foi puxado pela indústria de transforma­ção que abriu 1.926 novos postos de trabalho. “O emprego formal foi puxado principalm­ente pelo setor produtivo, em especial a indústria de alimentos do interior do Estado e também sofreu influência de empresas ligadas à construção civil, voltadas para obras de infraestru­tura”, avaliou Suzuki.

(Com Agência Estado)

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