Ocupar todos os espaços

É preciso arrumar a casa, principalmente a política e não somente ouvir o clamor das massas. Parte do povo quer sangue e é isso que muitos políticos querem, pois sabem que não vão mais se eleger. Aí, cairemos na vertigem dos celerados que brigam pelos times de futebol. Foi bem assim que se comportaram as nossas “representantes” no dia 11/07, ocupando as cadeiras da mesa, para obstruir a pauta do Senado Federal e dando um vexame histórico. A autoridade precisa ter critério: a discussão deve ser entre ideias, principalmente numa casa de tanta relevância. Isso deve chocar o País e mostrar o quanto nós estamos mal representados e o quanto nós podemos sofrer diante dessa gente desqualificada, desequilibrada, malvada e “brega”, como diz Felipe Pondé. Com efeito, não é assim que a oposição vai se destacar e ocupar os espaços deixados pela “tropa do governo”, vejam os exemplos dignificantes de Magno Malta, Alvaro Dias, Ronaldo Caiado e Cristovão Buarque, só para citar alguns. Eles criticam ideias, até mesmo com rigor, porém com educação, com dignidade e altivez, afinal, eles estão na mais alta Casa da República. Efetivamente, “este não é um País sério” como disse, muito apropriadamente, o velho general. O que será que as nossas crianças vão ser e ter pela frente? Será que nós não nos importamos com elas? Será que o destino delas não nos interessa? O espetáculo deixado pelas senadoras que ocuparam as cadeiras do Senado para fazer obstrução, foi grotesco, jocoso, vergonhoso. Mas, será que essa gente tem vergonha?