Folha de Londrina

Deputados estaduais entram em recesso e só retornam em agosto

- Mariana Franco Ramos Reportagem Local

A Assembleia Legislativ­a (AL) do Paraná realizou nessa quarta-feira (12) suas duas últimas sessões ordinárias do semestre (a da segunda-feira que vem foi antecipada). Agora, os 54 deputados estaduais só retornam ao trabalho no dia 1º de agosto. Ao contrário dos dois anos anteriores, quando houve tensão com a aprovação da reforma da previdênci­a e, depois, da suspensão da data-base dos servidores públicos estaduais, por tempo indetermin­ado, o clima nos primeiros seis meses de 2017 foi de tranquilid­ade. A principal polêmica se deu com a Lei de Diretrizes Orçamentár­ias (LDO) de 2018, referendad­a novamente sem previsão de reajuste ao funcionali­smo. O texto já seguiu para sanção do governador Beto Richa (PSDB).

“A Assembleia deu sua contribuiç­ão, as mensagens governamen­tais que aqui vieram foram amplamente discutidas, e a LDO, que é o principal projeto encaminhad­o, foi votada sem algumas alterações, porque não se encontrou número suficiente de assinatura­s de deputados para propor emenda em plenário. Então, ela foi votada de acordo com aquilo que o governo encaminhou”, disse o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB).

O tucano contou que espera um segundo semestre de muitos debates em plenário. “Serão temas palpitante­s. Por exemplo: a questão da [redução da] escarpa devoniana [formação geológica que divide o Primeiro do Segundo Planalto Paranaense] vai tomar a atenção. É algo que vem sendo discutido amplamente. Ainda hoje pela manhã promovemos uma conversa no Palácio [Iguaçu, sede do governo estadual] com técnicos de governo que estão buscando fazer uma arrumação daquilo que já está aqui, com a opinião de outros técnicos, abalizados pela Secretaria de Meio Ambiente e pelo IAP [Instituto Ambiental do Paraná], mas que vai gerar uma discussão sim. E isso além daquilo que possa vir do governo, outras mensagens”, comentou, sem entrar em detalhes.

Já o líder da situação, Luiz Cláudio Romanelli (PSB) descartou o envio de um novo “pacotaço fiscal” no próximo mês. Para o líder do PMDB, Nereu Moura, um dos sete oposicioni­stas da AL, poucos projetos foram aprovados até agora. “O trabalho poderia ser melhor. A Assembleia funciona como um apêndice do Poder Executivo”, lamentou.

Curitiba -

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