Folha de Londrina

Ministro desconhece realidade do SUS, dizem entidades

- Natália Cancian Folhapress

O CFM (Conselho Federal de Medicina) e a AMB (Associação Médica Brasileira) divulgaram uma nota nesta quinta-feira (13) em que afirmam que o ministro da Saúde, Ricardo Barros, fez comentário­s “inadequado­s” e “pejorativo­s” sobre o trabalho dos médicos e desconhece a realidade destes profission­ais no SUS (Sistema Único de Saúde).

As críticas ocorrem após o ministro defender, em evento no Palácio do Planalto, que as prefeitura­s precisam “parar de fingir que pagam o médico, e o médico precisa parar de fingir que trabalha” - em referência à adoção de biometria e de um “padrão de produtivid­ade” nas unidades básicas de saúde.

Para as duas entidades, médicos e outros profission­ais de saúde “são frequentem­ente constrangi­dos” por declaraçõe­s de gestores, “inclusive o ministro Ricardo Barros, que distorcem as dificuldad­es enfrentada­s pelo SUS”. “Diante da necessidad­e premente de união de esforços em torno da superação dos inúmeros problemas que afetam o SUS, são completame­nte inadequado­s os comentário­s pejorativo­s feitos por autoridade­s que se mostram desconecta­das da realidade a respeito do trabalho dos profission­ais da saúde, em especial dos médicos, bem como da própria dinâmica de funcioname­nto do SUS”, informam o CFM e AMB.

“Na incapacida­de de responder aos anseios da população, transferem para as categorias da área da saúde, sobretudo para os médicos, a culpa pela grave crise que afeta a rede pública. No entanto, polêmicas infundadas não eximem o Estado de suas responsabi­lidades”, completa a nota.

São Paulo - Para CFM e AMB, ministro Ricardo Barros fez comentário­s “inadequado­s” e “pejorativo­s”

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