Folha de Londrina

Republican­os alteram Trumpcare

- Folhapress São Paulo

- A liderança do Partido Republican­o no Senado divulgou nesta quinta-feira (13) uma versão revisada do projeto para revogar e substituir o Obamacare, lei de saúde implementa­da pelo governo Barack Obama. A nova proposta faz concessões a senadores republican­os conservado­res e moderados que estavam descontent­es, mas não conseguiu produzir o consenso esperado.

O texto permite que operadoras de seguro vendam planos com cobertura muito limitada, o que agrada os conservado­res, ao mesmo tempo em que injeta verbas adicionais para que os Estados subsidiem segurados, exigência de moderados. Por outro lado, o projeto mantém cortes no Medicaid, sistema público voltado à população mais pobre, o que deve manter moderados descontent­es.

“Esta é a nossa chance de promover as mudanças de que falamos desde que o Obamacare foi imposto para o povo americano”, afirmou o líder da maioria republican­a no Senado, Mitch McConnell, do Kentucky.

Apesar dos esforços em agradar as duas alas do partido, a moderada Susan Collins, do Maine, e o conservado­r Rand Paul, do Kentucky, já anunciaram sua oposição ao novo texto, deixando os republican­os no limite de votos para aprovar a medida. A legenda tem 52 cadeiras no Senado, contra 48 do Partido Democrata - que deverá votar em bloco contra o projeto. No caso de um empate de 50 a 50, caberá ao vice-presidente Mike Pence o voto de minerva.

A revogação e a substituiç­ão do Obamacare é uma das principais promessas de campanha do presidente Donald Trump e a aprovação da medida no Congresso, onde o Partido Republican­o mantém controle das duas Casas, tem sido o principal desafio legislativ­o do governo até então. Na Câmara, depois de uma derrota no mês de março, o projeto foi alterado e votado em 4 de maio. As divergênci­as entre os republican­os já provocaram o adiamento da votação do projeto no Senado e a liderança pretende levar o novo texto ao plenário na semana que vem.

Nesta quinta-feira, o líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, disse que o “novo projeto republican­o é tão perverso quanto o antigo”. O Comitê de Orçamento do Congresso estima que a medida poderá deixar 22 milhões de pessoas sem seguro de saúde até 2026.

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Audun Braastad/NTB Scanpix/AFP Memorial em homenagem a Xiaobo foi montado em frente ao Centro Nobel da Paz, em Oslo

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