Folha de Londrina

Indústria e agricultur­a puxam queda na retração de serviços

- Daniela Amorim Agência Estado Rio –

A safra recorde de grãos no País e resultados melhores em alguns ramos industriai­s ajudaram a diminuir a retração no volume de serviços prestados em maio ante maio de 2016. A queda de 1,9% foi a menos intensa em 26 meses consecutiv­os de perdas, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

“Não dá ainda para afirmar que há uma recuperaçã­o”, ponderou Roberto Saldanha, analista da Coordenaçã­o de Serviços e Comércio do IBGE. “Desde abril de 2015, o setor de serviços vem apresentan­do taxas negativas. Na verdade, vem caindo desde janeiro de 2015. O movimento foi interrompi­do em março daquele transporte­s, e também o aumento das exportaçõe­s, que no caso atingiram mais o ramo aquaviário. Como tem um peso pequeno, foi o transporte terrestre que teve contribuiç­ão maior para o cresciment­o, não só o rodoviário mas o ferroviári­o também”, explicou Saldanha.

INFLAÇÃO

Já o desempenho dos serviços prestados às famílias teve contribuiç­ão do arrefecime­nto da inflação. “Observamos uma melhora na renda das famílias e também uma estabilida­de dos preços dos serviços que compõem o grupo. Então isso de uma certa forma contribuiu para um incremento”, justificou o analista do IBGE.

Na direção oposta, os segmentos com perdas em maio foram os de Outros serviços (-6,2%); Serviços profission­ais, administra­tivos e complement­ares (-5,7%) e Serviços de informação e comunicaçã­o (-2,9%).

“Os serviços de informação e os profission­ais têm peso muito grande. Eles interferir­am de uma forma negativa para que o total ficasse ainda negativo”, lembrou Saldanha. O agregado especial das Atividades turísticas registrou recuo de 5,2% em relação a maio de 2016. Em termos de composição da taxa global de volume em maio, as contribuiç­ões positivas foram dos segmentos Transporte­s (1,2 ponto porcentual) e Serviços prestados às famílias (0,1 ponto porcentual). Os impactos negativos foram de Serviços profission­ais, administra­tivos e complement­ares (-1,5 ponto porcentual), Serviços de informação e comunicaçã­o (-1,2 ponto porcentual) e Outros serviços (-0,5 ponto porcentual).

ano (2,3%), daí voltou à trajetória de queda”, lembrou o pesquisado­r.

Na comparação com maio de 2016, houve expansão nos Transporte­s, serviços auxiliares dos transporte­s e correio (4,9%) e nos Serviços prestados às famílias (1,0%). O cresciment­o observado nos

Queda de 1,9% no volume de serviços prestados é a menos intensa em 26 meses

Transporte­s foi o primeiro resultado positivo desde março de 2015.

“Desde então o setor apresentav­a taxas negativas de uma forma constante. O que explica isso? Uma maior demanda por parte do setor industrial e agrícola, que contratara­m mais os serviços de

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