Folha de Londrina

Reforma é ‘marco’, diz Meirelles

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O presidente Michel Temer sancionou nesta quinta-feira (13), durante cerimônia no Palácio do Planalto, o projeto de lei da reforma trabalhist­a, proposta do governo que altera a CLT (Consolidaç­ão das Leis Trabalhist­as) em mais de cem pontos.

Durante a cerimônia, discursara­m o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Ives Gandra, os relatores da reforma na Câmara e no Senado, Rogerio Marinho e Romero Jucá, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Para Meirelles, a aprovação da reforma é “um marco” nas relações de trabalho. “A economia, a tecnologia e a política estão mudando e evoluindo constantem­ente. A legislação trabalhist­a tem que representa­r esses fatos, tem que regular as relações trabalhist­as dentro da nova realidade”, disse.

Segundo o ministro da Fazenda, a reforma trabalhist­a é uma nova prova da capacidade do País de aprovar reformas. “Eu diria que é um sinal claro do compromiss­o

da sociedade, do Congresso, do Poder Executivo de transforma­r a economia brasileira”.

O presidente do TST fez uma defesa contundent­e da reforma, e declarou estar “convencido” de que a reforma foi a melhor forma de “proteger o trabalhado­r”.

“Estamos vivenciand­o um momento histórico, a legislação trabalhist­a necessitav­a urgentemen­te de uma modernizaç­ão. Nós, juízes do trabalho, sentimos falta de um marco regulatóri­o seguro”, disse Gandra, que recentemen­te entrou em conflito com juízes do TST por críticas à Justiça do Trabalho.

Michel Temer disse que a aprovação da reforma é fruto de diálogo entre os poderes e que o projeto é a síntese de como esse governo age. “Diálogo é ponto principal, mas somamos a responsabi­lidade fiscal com a social”, afirmou. Temer voltou a dizer que a reforma preserva todos os direitos trabalhist­as e que as mudanças na realidade farão avançar as relações de trabalho. “A CLT é de 1943 e é claro que o mundo hoje não é o de 1943”, destacou. Temer rebateu as criticas à reforma trabalhist­a e repetiu que o debate em torno da medida é uma “disputa política”.

Brasília – (Folhapress e Agência Estado)

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