Distorções em dose dupla
Desde meus tempos de grupo escolar, já aprendia que o País, com o montante de dinheiro que arrecada com a infinidade de impostos existentes, seria obrigado a cuidar de três itens chaves da administração federal: educação, saúde e transporte. Porém, com a mania de nomear políticos para cuidar de tais itens, constatamos erros e distorções a cada momento. Políticos não se enquadram com trabalho, seu mister é outro muito diferente. Não vamos entrar em outras considerações, mas qualquer órgão controlado por políticos geralmente está corrompido ou falido. Sem competência gerencial nunca uma empresa alcançará seus objetivos. Nomear políticos e afilhados é colocar “cabritos para vigiar hortas”. Nos últimos tempos, temos convivido com incoerências em série. Os órgãos do governo que deveriam cuidar administrativamente estão sendo entregues para terceiros com custos elevadíssimos. Na educação, temos a criação e o incentivo aos cursinhos e escolas particulares para realizar aquilo que o País deixa de fazer. No transporte, é a mesma lenga-lenga: como o dinheiro está sendo desviado para a corrupção, só resta aos mandatários entregarem as estradas para as famigeradas concessionárias de pedágio. Essas concessionárias, além de serem beneficiadas com rodovias já construídas, cobram o pedágio mais caro do mundo com o aval do governo e o sacrifício do povo. E nossa saúde, como se encontra? Sucateada e pedindo socorro! Também neste setor o dinheiro sumiu e os caríssimos planos de saúde estão realizando aquilo que seria dever do governo. Estamos convivendo com distorções em dose dupla e incoerências alarmantes. Um final feliz só alcançaremos com profundas reformas em todos os setores e até mesmo na Constituição. Nosso bom Deus proteja e salve nosso Brasil.