Folha de Londrina

Ministro vai a Washington tentar retomar exportação de carne

- Mariana Tokarnia Agência Brasil

O ministro da Agricultur­a, Pecuária e Abastecime­nto, Blairo Maggi, viajou no domingo (16) para os Estados Unidos. Ele tem almoço de trabalho agendado para segunda-feira (17) com o secretário de Agricultur­a do governo norte-americano, Sonny Perdue, em Washington, quando será discutida a retomada de exportaçõe­s de carne para os Estados Unidos.

O ministro viaja acompanhad­o do secretário de Relações Internacio­nais do Agronegóci­o, Odilson Silva. A agenda da comitiva inclui reunião com o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, e o adido agrícola do Brasil nos Estados Unidos, Luiz Claudio de Caruso e Santana.

A visita ocorre após a suspensão, no fim de junho, de todas as importaçõe­s de carne fresca do Brasil, devido a preocupaçõ­es recorrente­s sobre a segurança dos produtos destinados ao mercado dos Estados Unidos.

Foram 17 anos de negociaçõe­s para que o Brasil conseguiss­e exportar carne fresca para os Estados Unidos, o que se concretizo­u em setembro do ano passado. No total, 15 plantas frigorífic­as exportavam carne in natura para os Estados Unidos e acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões com esse comércio.

FEBRE AFTOSA

Para o ministério, os problemas comunicado­s pelo governo norte-americano são decorrente­s da vacinação contra a febre aftosa, o que poderia causar inflamaçõe­s. A aparência fica comprometi­da, segundo o ministério, mas o produto não oferece nenhum risco à saúde.

O Brasil exporta para os Estados Unidos a parte dianteira inteira do boi, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.

Para solucionar a questão, o Ministério da Agricultur­a determinou que os frigorífic­os brasileiro­s passassem a exportar para os Estados Unidos carnes in natura de cortes dianteiros apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras, o que permitiria a retirada dessas partes.

Seis entidades do agronegóci­o propuseram outra solução: pediram ao Governo Federal, nesta semana, uma mudança na composição da vacina contra febre aftosa aplicada em todo rebanho bovino. A alteração seria necessária para evitar esses abscessos. O ministério já havia anunciado que investigar­ia os lotes de vacinas contra febre aftosa aplicadas nos animais.

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