Tupãssi identifica vírus causador de surto de diarreia
Saúde registrou a presença do norovírus nas amostras coletadas; município contabiliza 131 casos em apenas 18 dias
Vivendo um surto de diarreia e vômito desde o final de junho, Tupãssi (Oeste) detectou o que tem causado os sintomas, que já atingiram 131 pessoas da cidade de oito mil habitantes. A Secretaria de Saúde, juntamente com a Vigilância Epidemiológica e Vigilância Sanitária, identificou a presença do norovírus nas amostras coletadas e examinadas.
Pouco conhecido da população, este vírus provoca gastroenterite (inflamação do revestimento do estômago e do intestino) e, consequentemente, quadros agudos de vômito e diarreia. Além disso, também gera náuseas, dor no abdômen, febre baixa, calafrios, dores musculares e cansaço. Os sintomas melhoram entre um e três dias, sendo a diarreia mais comum em crianças e o vômito em adultos.
Mesmo com a identificação, as autoridades de saúde de Tupãssi seguem em alerta. “Ainda estamos aguardando o resultado de exames feitos pelo Lacen (Laboratório Central do Estado do Paraná, em Curitiba) e que deverão chegar esta semana. Não descartamos que outros fatores podem estar influenciando o grande número de casos, por isso mantivemos o estado de atenção”, destaca Lari Pedro Nunes, secretário de Saúde da cidade. O número de casos registrados diariamente vem diminuindo, porém ainda são considerados altos.
O local em que o vírus começou a ser espalhar também está sendo investigado. No primeiro momento, a suspeita era de que o único hospital público fosse a fonte, já que funcionários adoeceram, porém isto foi descartado. Agora, a apuração vai acontecer nos distritos rurais do município. A possibilidade de contaminação da água também foi desconsiderada após o resultado de análises.
TRANSMISSÃO
Altamente contagioso, o norovírus pode ser transmitido pelo contato direto com uma pessoa infectada, tocando em superfícies contaminadas e depois na boca, e comendo alimentos ou ingerindo líquidos que estejam com contaminação. “Estamos pedindo para quem contraiu os sintomas evitar o contato com as pessoas e apresentando melhora, que continue seguindo essa recomendação por mais dois dias”, explica o secretário.
De acordo com Nunes, algumas medidas de prevenção podem ajudar quem não se infectou. “Lavar bem as mãos várias vezes ao dia, limpar frequentemente superfícies e objetos, higienizar as roupas com cuidado e usar luvas caso for auxiliar algum paciente são alguns atitudes que precisam ser tomadas”, elenca. Para difundir essas orientações entre a população, folhetos foram distribuídos nas instituições de saúde esclarecendo dúvidas.
“Não descartamos outros fatores; por isso mantivemos o estado de atenção”