Emergir do abismo da ignorância
Vez ou outra, repito trechos de escritos que já havia publicado para robustecer convicções daqueles sintonizados na mesma frequência. Como o postulado de que, quando se diz que a Providência Divina ajuda aqueles que merecem, isto significa que, se buscamos, somos merecedores da coisa buscada, pelo mérito de a havermos buscado. Se ficamos inertes, nada de novo nos chega, e isto significa não haver merecido. Assim como a água da fonte, que não vem a nós se não a buscarmos.
Mesmo Jesus teve de buscar o que desejava aprender e vivenciar, não obstante sua vasta sabedoria e iluminação. Porque ao nascer nesta densidade tridimensional, ele ficou aprisionado às limitações do corpo físico. Isto fazia parte de sua outorga, de seu ato sacrificial terreno e de sua vontade. Ele desejava também vivenciar o experimento humano. Por isso estudou, aprendeu línguas e aprofundou-se em religiões comparadas (o que caracteriza um verdadeiro teólogo), viajou pelos países de toda a costa do Mar Mediterrâneo e foi inclusive a Roma.
Quando uma dúvida nos acossa temos de garimpar as respostas nas fontes, e estas se manifestam pela palavra dos sábios e iluminados, pela intuição e outras revelações. Einstein pensava 99 vezes acerca de uma coisa indecifrada, e se nada obtinha jogava as indagações ao éter e as respostas lhe chegavam. Místico que era, revelava-se um buscador incessante. Muitos negam o que não sabem, mas negar é fazer uma afirmação, por isso quem nega precisa ter domínio da coisa negada.
A supremacia está no desenvolvimento. Buscar é também pensar, porque a corrente mental é energia e ação. Os pensamentos, sentimentos, palavras, desejos e buscas são vibrações mentais carregadas de poder. Foi o pensador indiano Deepak Chopra quem recomendou voar para a busca do conhecimento ou permanecer no abismo da ilusão e da ignorância.
WALMOR MACCARINI é jornalista em Londrina