30% não respondem ao tratamento inicial
A reumatologista Adriana Maria Kakehasi, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e especialista em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia, destaca que existem medicamentos com o mesmo mecanismo de ação e outros que agem de forma diferente. “Há um fluxograma de tratamento e cerca de 30% dos pacientes não respondem ao tratamento inicial. Eles precisam fazer uma progressão do tratamento e a disponibilidade de medicamentos que agem de forma diferente facilita o tratamento. Isso porque caso o paciente não responda a um medicamento, pode haver resposta com outro. Além disso, existem pacientes com contraindicações a um determinado tratamento”, explica.
O analista contábil Adenir Rodrigues dos Santos, que está aposentado por invalidez em função da artrite reumatoide, confirma que muitas vezes o paciente não se adapta a determinado medicamento. “Eu, por exemplo, tenho alergia a um medicamente e preciso usar outro. Se tivesse que comprar na farmácia teria de pagar R$ 7 mil a ampola e eu tomo quatro delas a cada seis semanas. Eu não teria condições de comprar se eles não fossem fornecidos pelo governo. Eu travaria na cama”, aponta.
Santos pede que o governo autorize com mais agilidade e em mais vezes os tratamentos alternativos, como a acupuntura. “Para mim a acupuntura ajuda muito, mas no SUS (Sistema Único de Saúde) a espera é imensa. Eu acabo fazendo uma vez por semana por conta própria”, expõe.